Reflexões Femininas

A Terceira Grande Onda. – Por Leo Semp

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1656351_10200533270612748_87149761_nEm termos Econômicos e Políticos estamos vivendo no mundo a terceira onda. A primeira onda foi a agrícola e durou cerca de 6.000 anos. Foi uma época marcada pelo uso e valorização da força humana, e aonde também predominou o trabalho escravo. Usava-se essa força para própria sobrevivência e principalmente para o enriquecimento de outros. O principal elemento de riqueza era a terra. A segunda e grande onda foi a Industrial que teve seu inicio em por volta de 1700 e se estendeu até 1950. Período marcado pelas relações industriais, criação de processos de produção e sistemas de gerenciamento. Principal foco era produzir mais em menos tempo pelo menor custo, sendo o elemento principal o capital. A terceira e acredito ser a maior onda é a do Conhecimento. É a onda que valoriza o ser humano pelo seu conhecimento e competências, na qual a evolução da tecnologia permite a troca de informações rápida e sistematizada. Seu elemento principal é o capital humano. Conhecimento é poder quando gerenciado e aplicado da forma correta. Transformando dados em informações. Aquele que tem a maior capacidade de capturar, discernir, gerenciar e reaproveitar informações (conhecimento) terá o maior valor agradado. O conhecimento é a base da economia e da política mundial nos dias atuais. Hoje um comunicado que levaria dias e semanas para chegar a todos os integrantes de uma corporação, levará segundos , por e-mail.

Este é um resumo da plena certeza que tenho da necessidade de discernimento. Discernimento é tudo. Pensar antes de falar e refletir antes de agir é fundamental. E isso associado a capacidade de gerenciar tudo dentro do tempo disponível e sem tropeços. Entende?

Percebemos que no mundo atual aqueles que conseguiram agregar os três elementos destas três ondas, são os mesmos que se perpetuam no poder. Força Humana, o capital e o conhecimento. Com estes três elementos se faz uma guerra e se vence ela. Com eles governantes escravizam milhões, dando aos mesmos, a sensação de prosperidade.

A historia prova a existência destes três elementos, alguns em maior predominância, sempre de mãos dadas. O Império do Egito, O Império Persa, O Império Romano etc…Todos se estabeleceram e caíram pela Força Humana , pelo Capital e o Conhecimento.

Mas nenhum imperador destes grandes impérios, tinha em suas mãos a capacidade de gerar informações em um espaço tão curto de tempo por um custo tão baixo, como eu e você hoje. E não é preciso nem citar os grandes avanços tecnológicos.

Porém alguns homens se destacaram no mundo, em diferentes épocas, e mesmo sem toda tecnologia disponível de hoje. Com grandes descobertas , invenções e ações. O grande diferencial deles não estava na capacidade de absolver conhecimento e sim na capacidade de Entendimento. Eles sabiam interpretar toda conhecimento e usa-lo em seu favor ou de outros. Alguns beneficamente outros não. Entende o que precisamos hoje?

Se você e eu desejamos sobreviver no mundo atual, a Tsunami de Informações e Conhecimento, a esta Terceira Grande Onda. Precisamos mais do que capacidade de armazenamento. Precisamos de Entendimento Aplicado. Não vai adiantar ficar correndo de um lado para o outro , ou se debatendo como alguém que esta se afogando. Se desgastando em debates infinitos e repetitivos.

A busca do Entendimento é mais vantajosa do que o acumulo de informações .

O grande diferencial: Entendimento. Preciso muito disso…

Leo Semp

Written by Símia Zen

03/03/2014 at 03:35

Como tratar uma mulher honrada caso você encontre uma – Por Jason X – Richard Fitz

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familia - CópiaEu sei que mulher exceção no mundo de hoje é muito difícil, porém acredito que muitos idealizam formar uma família. Se quiserem fazer isso terão de encontrar uma mulher honrada que vale a pena todo o investimento. Não digo para deixar a sua vida girar em torno disso, até por que ter uma família não é sinônimo de felicidade. Muitas pessoas importantes já foram solteiras, como Paulo e Jesus, e isso não os fazia infelizes. Porém, muitos não querem sair do mundo sem deixar um legado, uma parte de seus genes, uma prole. E você sabe que para gerar uma prole você precisará de uma fêmea que cuide dos seus filhos e esteja do seu lado. Por isso como tratar a mulher que você escolheu para ser mãe de seus filhos?

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1 – IMPONHA A SUA AUTORIDADE COMO CHEFE DE FAMÍLIA, MAS TOME CUIDADO PARA NÃO AGIR COMO UM TIRANO. 
A mulher precisa estar sob a autoridade de um homem para ser feliz, entretanto para que a mulher reconheça sua autoridade, você deve agir de uma maneira a impor sua autoridade. Se o cara é um borra-botas que não toma decisão, não tem iniciativa e é inseguro, a mulher não o verá como uma autoridade. Isso gerará insegurança na mulher, pois para que ela se sinta segura, ela precisa ver que está do lado de alguém superior a ela no que diz respeito a tomar decisões. Ela precisa ver-lhe como um líder, não como um inseguro que a deixa mandar.


Nesse ponto é necessário cuidado. Alguns tentam impor sua autoridade de maneira tirano, tipo: “Você tem que me obedecer e pronto”. Desse jeito, dificilmente você conseguirá real submissão dela. Ela pode até te obedecer, mas fará isso por medo. A real submissão por parte dela não virá através do MEDO, mas através da CONFIANÇA e do RESPEITO.

 
2- COMO AGIR CASO ELA QUESTIONE SUA AUTORIDADE E SE TORNE INSUBMISSA 
Algo importante a fazer é ter uma conversa franca e séria com ela.


Conversa franca e séria, não é sinônimo de DR. Diga a ela que precisa da cooperação dela para que as coisas andem direitas, demonstre insatisfação com a atitude dela, mas diga que confia que ela irá melhorar. Dependo do caso, pode ser necessário mais do que uma simples conversa, talvez ela precise ver na prática como a insubmissão dela a prejudica.


Exemplo: ela comprou a bolsa que você disse para ela não comprar. Simplesmente diga: “Ótimo, agora vamos cancelar aquela viagem que faríamos mês que vêm.”


3 – CUMPRA SUAS PROMESSAS E SEMPRE MANTENHA A PALAVRA APESAR DELA TENTAR FAZER COM QUE VOCÊ MUDE DE IDÉIA

Se você, como chefe de família viu que a sua decisão é a melhor para todos a mantenha. É de se esperar que uma mulher realmente honrada aceite suas decisões, mas ninguém é perfeito. Por isso mantenha a palavra, apesar das tentativas dela de te fazer ceder. Com o passar do tempo ela verá que suas decisões são sempre as melhores para a família e que não adiante te fazer mudar a maneira de pensar.



4 – NÃO SEJA INFLEXÍVEL, CASO ELA TENHA UMA BOA SUGESTÃO, LEVE EM CONSIDERAÇÃO

O que eu disse acima não significa que você precisa ser inflexível. Como uma mulher honrada, ela pode ter boas sugestões sobre certos assuntos, caso você veja vantagem as acate. No passado, o patriarca Abraão não sabia como lidar com um problema, Deus virou para ele e falou: “Escute a voz de Sara”. O Todo-poderoso incentivou Abraão a ouvir a orientação de Sara. Como uma mulher honrada, talvez ela dê boas sugestões, conselhos, e te anime em momentos difíceis. Cuidado! Embora ela possa dar sugestões a decisão final cabe a você como chefe de família.


 
5 – DEIXE BEM CLARO QUAIS SÃO OS PAPÉIS PRIMÁRIOS DE CADA UM DENTRO DE CASA E SE APEGUE A ELES
O papel primário do homem é ser provedor e conseguir o sustento para o lar. O papel primário da mulher é cuidar da casa e dos filhos. Seja um profissional responsável, se desenvolva para dar o melhor para a sua família, tanto no sentido físico como no sentido moral/espiritual. Sua esposa, como uma mulher honrada, e seus filhos apreciarão seus esforços. Elogie a sua esposa pelo trabalho doméstico quando ela merecer, deve ser ótimo chegar em casa e ver a casa limpa e a sua comida preferida na mesa.


Embora esses sejam os papéis primários de ambos os sexos a pessoa precisa ser flexível. Talvez um revés econômico faça com que sua esposa tenha de trabalhar temporariamente para ajudar nas despesas do lar. Talvez a sua esposa fique doente e você precise arrumar a casa num momento de folga. Porém, nunca se pode esquecer os papéis primários de cada um.


 
6 – AME SUA ESPOSA E A SUA FAMÍLIA
Não estou falando para a pessoa ser um romântico meloso igual esses manginas modernos. Mas num casamento, o marido e a esposa nutrem fortes sentimentos um para o outro. A própria bíblia recomenda os maridos a “estar amando as suas esposas assim como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela”. Existe espaço para um grau equilibrado de romantismo, até um: “Eu te amo” no momento certo pode gerar um sentimento agradável na esposa e pode ser algo inesquecível para ela. A esposa precisa sentir que você se preocupa com ela e está preocupado com os sentimentos dela. Proteja ela e sua família, ela esperará isso de você.



7- MANTENHA HONRADO O MATRIMÔNIO

Não a traia! Sei que alguns podem discordar comigo, mas se você estiver do lado de uma mulher que vale a pena, seja fiel.


Se ela for uma mulher honrada cumprirá com suas obrigações matrimonias e lhe dará sexo sempre quando o planejado.

Sei que o que eu disse aqui não se aplica a 99,99999999% das mulheres modernas, mas talvez algum dia esses concelhos sejam de ajuda para alguém. Acredito que foi mais ou menos esse modelo que ajudou a sustentar muitas famílias durante a história humana.
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Richard Fitz – Jason X, fórum Mundo Realista.
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Condição sexual e convivência humana I – Por Símia Zen.

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relação estérilFraternas e fraternos,

Na sequência postarei reflexões sobre o homossexualismo e bissexualismo masculino, e outras relacionadas ao choque de valores que se vê na contemporaneidade dentro desse tema, pois ultimamente estamos sendo testemunhos de um momento no mínimo surreal, onde conflitos absurdos [1] acontecem em nossa sociedade, por conta das reivindicações de pessoas que estão no cenário politico e na mídia buscando inserir leis  antagônicas aos valores culturais e religiosos da maioria das pessoas que compõe a sociedade brasileira, inclusive os contribuintes que sustentam toda a estrutura de nosso país e que gostariam de não ser apenas pagadores de impostos, mas também respeitados pelos políticos que sustentam, sobretudo sem  intervenção forçada de “modernidades” impostas na vida comum… Devido a isso, obviamente, se faz necessário a união de forças nas urnas, mas também a reflexão e comunicação viral  em  espaços virtuais (enquanto é possível…)  sobre as causas desse problema para compreendermos bem o problema que se apresenta e, a partir disso, tomarmos as devidas providencias via internet para ajudarmos dentro de nossas possibilidades a solucionar tais conflitos, naturalmente observando as premissas democráticas constitucionais e mantendo o senso de compaixão que é uma tradição valorizada individualmente nos sentimentos religiosos da maioria das pessoas brasileiras, pois o IBGE publicou no dia 29 de junho de 2012 o resultado do último censo [2], onde o IBGE contou 190.732.694 pessoas brasileiras, dos quais 167.106.971 pessoas da população brasileira se declararam cristãs, entre católicos apostólicos romanos, católicos ortodoxos e evangélicos em suas varias denominações, fora mais tantas pessoas brasileiras das demais religiões que também são avessas a: legalização do aborto, adoção de crianças duplas gays, Kit Gay nas escolas, legalização da prostituição, censura as religiões, ataques a célula familiar natural, legalização da maconha, vandalismo a símbolos religiosos, verba pública para parada gay, baderna pornô no espaço público, homens eunucos travestidos em banheiros femininos e outras coisas nocivas à vida humana em todas as opções e condições sexuais.

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Saudação brasileira,
Símia Zen.

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[1] – http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=x8tI_n1dT3s#

[2]- http://saladeimprensa.ibge.gov.br/noticias?view=noticia&id=1&busca=1&idnoticia=2170     e http://confins.revues.org/7785
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Written by Símia Zen

21/04/2013 at 08:54

Direitos paternos e o aborto – Por Maurício Trindade.

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Maurício Trindade  - Textos AntigosFalar de aborto nos induz a pensar primeiramente em ser favorável ou contrário a sua legalidade, no entanto, a campanha pró-escolha tem sido tão intensa que a lei tem sido incapaz de impor a moralidade sobre a proibição deste ato, e se somente o movimento feminista direcionar a legalidade do aborto, este será legalizado unicamente do jeito que o feminismo quer, por isso é preciso pensar na opinião do pai neste caso.
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História
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Nos direitos romanos, era permitido o aborto, porém, considerando a opinião do pai biológico. O Imperador Sétimo Severo pronunciou cerca de 211 D.C que uma mulher que teve um aborto deverá enfrentar exílio por ter abandonado a criança do marido.
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No século 4 A.C o Escritor Grego de Alexandria, Egito, Sopater, citou o advogado Lysias, que se referia a um julgamento em Atenas, em que um homem chamado Antigene acusava sua esposa de ter privado-lhe de um filho por ter um aborto.[1]
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A lei de alguns países sobre o aborto
Países como Egito, Guiné-Bissau, Irã, Iraque, República da coréia, Kwait, Arábia-Saudita, Marrocos, Síria , Turquia, Nicarágua e Emirados Arábes Unidos, todos têm leis que obrigam que o aborto seja realizado primeiramente com a autorização do marido, no entanto, em muitos destes países essa disposição pode ser ignorada se houver uma preocupação real com a saúde da mulher.[2]
Em diversos casos, em vários países homens tentaram impedir na forma da lei a mulher de abortar um filho seu, na maioria a tentativa foi frustrada.
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Discussão
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Advogados de direitos dos pais e dos membros do movimento dos homens muitas vezes argumentam que uma valorização da maternidade sobre os direitos paternos em muitos países ocidentais é um exemplo de discriminação sexual.
Uma mulher pode legalmente privar um homem de seu direito de se tornar um pai ou forçá-lo a tornar-se um contra a sua vontade.[3] Se um homem engravida a uma mulher com o objetivo explícito de ter um filho, de uma forma que e seja mutuamente consensual, então, seria moralmente inaceitável que a mulher possa ter mais tarde um aborto.[4]
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Além disso, no Brasil, existe a lei que obriga os pais a pagarem pensão à mulher grávida, sendo que o aborto possa ser legal, a mulher teria o direito de pedir pensão ao pai de seu filho ou abortar o filho desse mesmo pai sem a opinião dele.
Em relação aos casos em que os homens que não têm o desejo de se tornarem pais e foram obrigados a pagar pensão alimentícia, Melanie McCulley, uma advogada da Carolina do Sul, no seu artigo em 1998, “O Aborto masculino” : O suposto pai tem o direito de renunciar a seus interesses e obrigações para com o nascituro “, estabelecendo a teoria do ” aborto masculino “, no qual ela afirma que os homens devem ser capazes de encerrar as suas obrigações legais para as crianças indesejadas.
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Referência;
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Paternal rights and abortion
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[1] Riddle, John M. (1992). Contracepção e o aborto do mundo antigo para o Renascimento. Cambridge, MA: Harvard University Press.[2]Rahman, Anika, Katzive, Laura, & Henshaw, Stanley K. (1998). Uma revisão global da legislação acerca do aborto provocado, 1985-1997. International Family Planning Perspectives, 24 (2).[3] “Aborto e o pai” (nd). BBC: Religion & Ethics. Retrieved Maio 26 ,2006. (nd). BBC: Religião e Ética.[4] Harris, GW (1986). Pais e fetos. Ética, 96 (3), 594-603. Retrieved June 11, 2007.
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Maurício Trindade

02/06/09

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Fonte:  Este texto de Maurício Trindade foi publicado originalmente no blog Circumspectus em 02/06/09. Devido a reforma que o autor está empreendendo no Circumspectus seu acervo antigo ficara locado por concessão do autor por tempo indeterminado no blog Reflexões Femininas.
Por sua positiva parceria e generosidade para conosco, muito obrigada, Maurício Trindade! :}
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Written by Símia Zen

21/04/2013 at 08:51

Aborto, o que vamos fazer? – Por Maurício Trindade

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Maurício Trindade  - Textos AntigosTexto escrito quando quando começava a repensar o caso do aborto, na parte que se refere ao aborto só no setor privado, era uma forma de eu impor algumas condições a legalidade do aborto, mas as minhas condições atualmente se focam apenas na valorização da opinião masculina.
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A atual lei para o julgamento do aborto no Brasil à princípio é uma lei perfeita, dando a possibilidade de aborto legal no caso de a mulher ser vítima de violação sexual, o que lhe retira a responsabilidade pela gravidez, e também no caso de a gravidez oferecer riscos de vida à mulher (além disso a maior parte de os cidadãos e das autoridades concorda com a legalização de abortos no caso fetos anecéfalos), nos demais casos a lei prevê pena de um a três anos de reclusão, mas na prática esta punição raramente é empregada, em lugar disso a mulher pode receber pena de serviços comunitários, ou apenas ser indiciada, mas não presa, e se for presa pode pagar fiança e assim ser liberada, o que, na minha opinião, já estaria ótimo.
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No entanto, um argumento plausível levantado pelos que defendem a legalidade do aborto é que de fato não é a proibição que irá impedir uma mulher de fazê-lo, não podemos amarrá-la e obrigá-la a parir, por isso os que são pró-vida mais liberais sempre imaginam alguma solução mais eficaz para o caso do aborto, alguma revisão na lei que possa lhes tranquilizar a mente, com a certeza de que é o máximo que podem fazer. Eu poderia considerar que nem todas as leis são totalmente eficazes e que melhorando a situação social do Brasil, os casos de abortos não-legais seriam cada vez menos frequentes, e que poderia deixar tudo como está, ignorando os casos de aborto clandestino que poderiam ocorrer, que então seriam casos isolados, mas pensando na probabilidade de o movimento pró-escolha vencer esta disputa, vejo-me obrigado a pensar em em mais coisas.
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Uma ideia; aborto só no setor privado
Considerando a hipótese de o aborto vir a ser legal, teremos que analisar as possibilidades dentro deste contexto onde se permite o diálogo pelo grupo pró-escolha. Argumentemos que primeiramente que o aborto não poderia ser considerado um direito à saúde, visto que só poderia ser considerado assim no caso de gravidez de alto-risco, onde, de fato de fato se trabalharia pela vida de pelo menos uma das das partes, o feto e a gestante. No entanto, aceito pela forma da lei o argumento de que a mulher tem, sim, o direito de decidir, caberia a proposta de que o aborto só fosse realizado no setor privado, um procedimento pago pela própria gestante ou a outra pessoa que se dispusesse a pagá-lo, sem quaisquer financiamento por parte do estado. O que justificaria a isto é que de fato o aborto não pode ser tratado como um caso de direito a saúde como qualquer outro caso de pessoa que esteja adoecida e precise de atendimento na rede pública de saúde e que portanto não caberia ao estado arcar com as despesas deste procedimento.
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Além disso há outro fator, muitos contribuintes não concordam com muitas dos gastos feito pelo governo, o aborto seria um desses procedimentos que muitos não estariam de acordo. há grupos políticos que defendem a privatização do próprio sistema de saúde, onde cada cidadão pagaria pela sua assistência médica, tratasse de uma ideia no mínimo ousada, mas desses grupos políticos, muitos se mostram a favor de que o aborto seja legal apenas no setor privado, o que está de acordo com a ideia que muitos cidadãos tem de que não seja usado o seu dinheiro como contribuinte nas obras que não concordem que o estado faça.
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Ainda há o argumento de que se cabe somente a mulher decidir sobre seu próprio corpo, como dizem os grupos pró-escolha, então cabe somente a ela pagar por esta decisão, não ao estado.
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É claro que há questões que podem ser levantadas, como poderiam falar, por um lado, o movimento pró-escolha de que contaria somente os que tem dinheiro a praticar o aborto em segurança, e por outro lado argumentaria o movimento pró-vida que a vida humana se tornaria um comércio. Poderia ser contra-argumentado por um lado que esta medida seria em respeito aos cidadãos que não pretendem ver seu o estado empregando o dinheiro público neste procedimento e que isto não se trata mesmo de dever do estado visto que não se configura como um direito para saúde do indivíduo salvo nos caso de gravidez de alto-risco, como foi dito antes, e por outro lado poderia ser argumentado que seria melhor que a própria mulher pagasse por este procedimento do que todos os cidadãos. No mais, trata-se de uma ideia que no meu ver, é digna de ser discutida, independente de ser favorável ou não a ela.
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Outra ideia; aborto para os homens
Citado de outra fonte no livro Sexo, mentiras e feminismo de Peter Zohrab , capítulo 11, fala da opção para os homens caso não queiram ter filhos :
“O aborto masculino … é simplesmente uma forma de libertação, que pode ser assinada por ambas as partes em qualquer altura antes do acto sexual … seja nos momentos antes, ou seja meses antes. O aborto masculino estipula que o homem deseja continuar sem crianças, e se resultar gravidez da relação sexual com a signatária, ele fica livre de todos os compromissos e responsabilidades, sendo a responsabilidade de ser mãe, dela e apenas dela.”
Já que muitos grupos feministas afirmam que a mulher tem todo o direito de decisão sobre o aborto enquanto que a opinião do homem tem valor secundário, ao mesmo tempo em que defendem a obrigatoriedade de pensão alimentícia à mulheres grávida e aos filhos que o homem teve com esta mulher, seria viável para os homens ter uma forma de se livrar de todos estes compromissos, não é mesmo?
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Concluindo
Eu, particularmente, sou contra a legalidade do aborto, no entanto é preciso considerar a hipótese deste vir a ser legal, tamanha é a incapacidade que adquiriu a lei de impor o valor moral da proibição, e por isso penso nestas possibilidades que poderiam ser feitas para um mínimo de satisfação de ambas as partes, tanto os que são contra como os que são favoráveis ao aborto.
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Maurício Trindade
31/03/09
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Fonte:  Este texto de Maurício Trindade foi publicado originalmente no blog Circumspectus em 31/03/09. Devido a reforma que o autor está empreendendo no Circumspectus seu acervo antigo ficara locado por concessão do autor por tempo indeterminado no blog Reflexões Femininas.
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Written by Símia Zen

21/04/2013 at 08:47

Aborto masculino – Por Maurício Trindade.

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Maurício Trindade  - Textos AntigosMelanie McCulley, uma advogadoa da Carolina do Sul,¹ cunhou o termo aborto masculino em um artigo em 1998, sugerindo que à um pai deve ser autorizada a isenção de suas obrigações para com um feto no início da gravidez.² Este conceito se mantém a seu favor ( a favor do homem ) quando começa com a premissa de que quando uma mulher solteira fica grávida, ela tem a opção do aborto, a adoção ou maternidade; e defende, no âmbito da igualdade de gênero legalmente reconhecida , que as primeiras fases da gestação o putativo (suposto) pai deve ter os mesmos direitos humanos e os direitos dos pais a abandonar todas as responsabilidades financeiras futuras – deixando a mãe informada com as mesmas três opções. McCulley afirma:

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  • «Quando uma mulher descobre que está grávida, ela tem a liberdade de decidir se tem o nível de maturidade para assumir as responsabilidades da maternidade, se ela é financeiramente capaz de sustentar um filho, se ela está em uma posição em sua carreira para tomar o tempo para ter um filho, ou se ela tem outras preocupações que a impede de dedicar tempo à um filho . Após a pesagem de suas opções, as mulheres podem escolher o aborto. Uma vez que ela opta por abortar o feto, seus interesses do sexo feminino e obrigações para com a criança são extintas. Em contraste gritante, o pai não casado não tem opções. As suas responsabilidades com a criança começam na concepção e somente podem ser encerradas com a decisão da mulher de abortar o feto ou com a decisão de dar a criança para adoção. Assim, ele deve confiar nas decisões da mulher para determinar o seu futuro. O putativo pai não tem o luxo, o fato de após a concepção, de decidir que ele não está pronto para a paternidade. Ao contrário das mulheres, ele não tem saída “.
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O aborto masculino de McCulley é um conceito que visa equalizar o estatuto jurídico entre homens não casados e mulheres não casados , conferindo ao homem não casado por lei a possibilidade de “abortar” os seus direitos e obrigações para com a criança. Se a mulher decide manter a criança, o pai pode optar por não ser cortado todos os laços legalmente.
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Mauríco Trindade
13/05/09
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Male abortion – artigo
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Ver também:
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Direitos paternos e o aborto
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1. É curioso que este conceito tenha sido concebido originalmente por uma mulher, o que revela a desatenção dos homens para com seus direitos.
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2. McCulley, Melanie G. (1998). The male abortion: the putative father’s right to terminate his interests in and obligations to the unborn child. The Journal of Law and Policy, Vol. VII, No. 1.
 .
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Fonte:  Este texto de Maurício Trindade foi publicado originalmente no blog Circumspectus em 13/05/09. Devido a reforma que o autor está empreendendo no Circumspectus seu acervo antigo ficara locado por concessão do autor por tempo indeterminado no blog Reflexões Femininas.
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21/04/2013 at 08:42

Uma palavra sobre o aborto – Por Maurício Trindade

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Maurício Trindade  - Textos AntigosTexto que fala da ideia mais conservadora que eu tinha em torno do aborto, este “tinha”, é somente quanto a legalidade, não quisesse que fosse legal, apenas admito hoje que o aborto tem possiblidades de ser legal, e procuro levantar a questão da opinião masculina.
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O feminismo tem no aborto um de seus principais pontos de discussão. É claro que o aborto, neste caso é muito mais uma questão de auto-afirmação do que necessariamente uma questão prática, ou seja, muitas defendem a legalização do aborto não tanto porque podem vir a precisar um dia, mas sim pela ideia de que a mulher tem o direito de fazer o que quiser com o seu corpo. Essa visão é bastante egocêntrica, pois não se deve considerar o feto como uma extensão do corpo da mãe, um parasita, o feto é um ser humano em formação, outro individuo e é preciso respeitar o direito à vida. Neste caso as mulheres se valem da condição biológica exclusiva que é a capacidade de engravidar para impor suas vontades e decidir sobre o direito de vida ou morte de um ser humano, isto funciona como uma forma de poder egocêntrico e chantagista por parte do movimento feminista. Diz-se aquela frase “sou contra o aborto, mas a favor da sua legalização”, existe coisa mais hipócrita? Não dá para dizer uma coisa querendo atenuar a outra, deve-se tomar partido. Não seria mais honesto dizer “sim, sou a favor do aborto” ou somente “sim, sou a favor da legalização do aborto”? Pois a pessoa que realmente é contra o aborto não se mostra favorável a sua legalização. Na nossa legislação há vários meios de aborto legal, no caso de violência sexual e gravidez de risco para a mãe, ainda poderá ser legal o caso de aborto de bebês anecéfalos, dependo da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Podem dizer que é hipocrisia se mostrar contra o aborto e, no entanto, ser favorável ao aborto no caso de a mulher sofrer violência sexual, como se neste caso a vida em formação fosse descartável. Na verdade, no caso de aborto legal, eu considero que a prática do aborto deveria ser somente em último caso, assim a mulher que é vítima de estupro deveria receber acompanhamento psicológico a fim de se evitar o aborto e o direito mais legítimo, neste caso, seria o de a mãe não criar a criança se não a quisesse, já que não a planejou ou nem sequer engravidou por ato de sua responsabilidade. A criança poderia ser entregue para adoção. Para que interromper uma vida se há tantos que a querem ter para criá-la? E o que considero hipocrisia mesmo é a pessoa, ainda que reconhecendo o valor da vida humana, se mostrar a favor da legalização do aborto apenas pelo fato de a mãe não querer ter o filho, como se neste caos a criança não tivesse o direito à vida. Podem ainda argumentar que com a prática do aborto sendo proibido quem sofre mais as conseqüências são as mulheres de baixa renda que procuram lugares precários para realizar o aborto, correndo o risco de vida. Ora, as mulheres que afirmam isso parecem ter o espírito bastante altruísta… Elas sabem que se engravidassem iriam procurar uma clínica bem equipada e confiável para realizar o aborto, mas elas se preocupam é com as moças pobres que não poderão fazer o mesmo. Se o problema é somente este, então deveriam se preocupar mesmo é com a igualdade social… No entanto falo sério mesmo, se nossa mão esta ferida, antes tentar remedia-la do que cortá-la fora, mas parece que mulheres feministas querem o caminho mais fácil, o do engravida-aborta, simples assim, quando que a educação a informação são veículos que podem ser muitos mais eficazes para se evitar a gravidez e se mesmo com isso as mulheres engravidam é fruto do seu ato impensado, consequência que ainda não estamos num estágio avançado da educação sexual e do planejamento familiar, a proibição do aborto deve ser como exemplo para que outras pessoas possam agir com responsabilidade e pensar na consequência de poder ter um filho. O fato é que se deve prezar pela vida humana.DIGA NÃO AO ABORTO.
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Maurício Trindade
29/11/2008
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Fonte:  Este texto de Maurício Trindade foi publicado originalmente no blog Circumspectus em 29/11/2008. Devido a reforma que o autor está empreendendo no Circumspectus seu acervo antigo ficara locado por concessão do autor por tempo indeterminado no blog Reflexões Femininas.
Por sua positiva parceria e generosidade para conosco, muito obrigada, Maurício Trindade! :}
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Written by Símia Zen

21/04/2013 at 08:30

Dia Internacional da Síndrome de Down – Por Símia Zen.

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Crianças-com-Síndrome de DownSenhores,

Venho nesta carta festejar com os senhores a ótima noticia que é a partir deste ano o estabelecimento no calendário oficial da Organização das Nações Unidas O Dia Internacional da Síndrome de Down, dia 21 de março. Possivelmente assim haverá mais incentivos às políticas e práticas em benefício do bem estar dos portadores da síndrome de Down, tanto nas instituições competentes, públicas e privadas, dos países que compõe a ONU, quanto mais ações beneficentes espontâneas da sociedade em geral. Que bacana!

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Bom… Os senhores devem estar se perguntando o que o site RM tem a ver com isso, e devo explicar que tem nada e tudo, pois, se considerarmos que a probabilidade de crianças nascidas portarem a síndrome de Down é em média de uma a cada oitocentas e que essa probabilidade de concepção de bebês com Down é bastante superior nas etnias europeias, depois nas asiáticas, e em menor incidência nas etnias africanas, o Brasil por ter a maioria da população miscigenada pode ser como pode não ser um grande índice de incidência da síndrome, dependendo do comportamento da hereditariedade da mulher. A probabilidade aumenta em mulheres acima de quarenta anos, e mais ainda em mulheres com corpos arrasados pelo uso de drogas e sequelas de DSTs, pois estas ficam com o organismo muito fraco para formar bem um feto nos seus ventres, e é habitual na modernidade é as pessoas adiarem o compromisso familiar até alta idade… E mesmo sem nenhuma situação favorável também ocorrem nascimentos de crianças com Down, então: há alguma probabilidade, assim como foi com o jogador de futebol Romário, que muitos homens que talvez leiam este site virem a ser pais de crianças com Down, ou tios, avôs, primos, amigos de pais de crianças com síndrome de Down, vizinhos ou colegas de escola de seus filhos. Por isso, creio que talvez possa ser algo útil aos senhores e a todas as pessoas normais em geral que se reflita sobre a qualidade de vida dos portadores da síndrome de Down.
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A Síndrome de Down é um distúrbio genético que ocorre na feitura do feto e foi descrita pelo médico inglês John Haydon Down em 1866, ocorre por consequência de uma anormalidade na constituição cromossômica, também conhecida como “trissomia 21”. A grosso modo, a síndrome ocorre na gestação porque um cromossoma “extra”, para normalidade humana se acrescenta ao par dos cromossomas de nº 21. A trissomia 21 normalmente causa uma malformação congênita no coração e/ou nos rins, língua espessa e um pouco maior que o normal, pés e mãos em dimensão menor que o normal, orelhas um pouco mais baixas e menores que o normal, olhos oblíquos e rosto arredondados, semelhantes ao formato dos olhos dos orientais, por isso o termo “mongolismo” é usual no senso comum, e retardamento mental severo ou moderado, dependendo do comprometimento da deficiência intelectual na conformação cerebral dos portadores dessa anomalia cromossômica.
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Senhores, existem coisas nesse mundo que me deixam intrigada, uma delas é a incrível maravilha que ocorre com a maioria das crianças portadoras da síndrome de Down dependendo de como são tratadas do ambiente em que vivem, nas crianças com Down que não são maltratadas a mais surpreendente é a mega ternura que expressam através do olhar e sorriso. É muito comum portadores de síndrome de Down serem muito carinhosos, sobretudo as crianças e adolescentes, e amam muiiito ser acarinhados também, retribuem um abraço com outro abraço prontamente e nunca menos farto de aconchego sincero, é incrível como são tão impermeáveis às maldades do mundo e a construção social… rsrs
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É linda demais a afetividade das crianças portadoras de Síndrome de Down, elas expressam ternura tanto a gente quanto a bicho, nada abala essa belíssima virtude delas, o abraço é o mesmo a gente boa ou gente má, a gente rica ou mendiga, branca ou preta, verde, azul, rosa, arco-íris, pitadinha de sardas ou malhadinha vitiligo, criança, idoso, hippie, filatelista, iogue, assassino, emo, artista, coveiro, dona de casa e heavy metal, todos são gente passível de carinho para os portadores de Down e todos ganham o mesmo abração apertadão com olhar alegre, terno e confiante, não há crivo de censura em seus delicados corações anormais, por isso também se magoam muito fácil e ainda assim o cinismo, a arrogância e a maledicência não são normais num humano com Down. É… Parece que com a “trissomia 21” os que perdem em deficiência intelectual ganham em eficiência afetiva…
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Creio que não há o que se espantar quando vemos pessoas com Down felicíssimas da vida, e por isso se desenvolvendo sensível e cognitivamente bem melhor por estarem entre os demais seres humanos em todas as atividades cotidianas onde tem gente, tais como: escolas, locais de trabalho, locais de culto religioso e/ou artístico cultural, festas, campeonatos esportivos, etc. Isso me parece normal e muito bom também. O problema é que por conta da falta de informação sobre os humanos portadores da síndrome de Down, muita gente normal não convive bem com eles, acho que pensam que a síndrome de Down é contagiosa ou que faz as pessoas serem imprevisíveis e aí ficam com medo deles, e também porque alguns de nós não têm boa capacidade de tolerância as diferenças que eles apresentam na aparência, na fala, no pensamento mais lento e em alguns comportamentos. Isso é péssimo para eles, pois sofrem e menos desenvolvem raciocínio quando ficam isolados da vida humana comum que veem pela TV, mas não conviver com eles é uma perda muito maior para nós, os sem déficit cognitivo, mas deficientes em amorosidade…
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Presos aos nossos umbigos, perdemos uma valiosa oportunidade em aprender a conviver para além dos nossos próprios referenciais de normalidade, já um tanto desgastados… Perdemos muito em não conhecer e conviver com gente diferente de nós. Pois perdemos as surpreendentes alegrias em ser com amplitude perceptiva e numa dimensão amorosa e não apenas num ter mecânico de ser-coisa. São nessas chances que despertamos inúmeras capacidades humanas sensíveis e cognitivas que jazem adormecidas em nós, já que no desafio da compreensão ao diferente além de exercitarmos nossa racionalidade, também temos a chance de desenvolvimento de nossa inteligência emocional…
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Enfim, o contato com deficientes em cognição nos impele a sermos eficientes em inteligência operante na comunicação de fato. Sem contar o Bem que nos faz os abraços sinceros de ternura que ganhamos apenas porque existimos, abraços que usualmente entre nós, os normais, nem damos e nem recebemos sem interesses mesquinhos, pois em nossa anormalidade normal é mais fácil vermos uma pessoa normal estraçalhando física e/ou verbalmente a outra por besteiras do que sorrindo num cumprimento cordial pelo menos.
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Senhores, há quem pense que os portadores de Down morrem ainda crianças, não aprendem linguagens nem os códigos e da cultura em geral, que são incapazes de viverem felizes e produtivos entre nós, mas isso não é verdade. Dependendo do tanto de comprometimento provocado pela trissomia 21, com os devidos cuidados, motivação e acolhimento os portadores da síndrome de Down podem ter razoável longevidade, aprenderem tanto a linguagem verbal falada e escrita como as linguagens não verbais e podem fazer muitos trabalhos comuns e artísticos sem grandes problemas. Há casos até que excedem em êxito a muitos normais, sobretudo os preguiçosos. Vide os exemplos do esforçadíssimo e talentoso ator espanhol Pablo Pineda, 35 anos, formado em Direito, que levou o prêmio “Concha de Prata” como melhor ator no Festival de Cinema de San Sebastián, filme “City of Life and Death”, Concha de Ouro, de Lu Chuan, antes ele já tinha sido protagonista no filme “Yo, También”. Claro que este ator é uma das tantas exceções em êxito na inserção social, mas provam que é possível com bons cuidados e incentivos as pessoas com síndrome de Down não muito severa chegarem a idade adulta saudáveis e produtivos. Fora o Pablo Pineda, há inúmeros casos de Down onde tudo dá certo e a felicidade é fato na vida deles e, por efeito, dos que convivem com eles.
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Tomara que com o “Dia Internacional da Síndrome de Down”  mais informação e investimentos sejam incentivados para melhoria da qualidade de vida dos portadores da síndrome em suas particularidades coletivas e individuais. Com tais benefícios certamente seria ainda mais comum a inserção social dos deficientes intelectuais na convivência comum, e sem os estigmas severos que os infantilizam e assim os limitam ainda mais a progredirem cognitivamente. Acho que a partir disso poderia haver uma melhor tolerância entre normais e portadores da síndrome de Down, e até mais possibilidades no futuro para um dissipar de estranhezas desnecessárias numa saudável convivência social regada  com alegres risadas mutua da parte engraçada que existe em todas as pessoas, independente das diferenças de constituições cromossômicas. Tudo na boa, tudo numa cordial felicidade… Que bacana…
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 Bom… Saudações Festivas e Boa Sorte a todos!
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 Símia Zen.
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Posted 23rd March by Shâmtia Ayômide
Labels: Simia Zen Política e Filosofia
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Fonte: Texto originalmente publicado no site Reflexões Masculinas – Revista Online sobre o Homem e a Masculinidade  – http://reflexoes-masculinas.blogspot.com.br/2012/03/cartas-aos-homens-dia-internacional-da.html
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Written by Símia Zen

18/04/2013 at 14:23

A beleza da amizade masculina – Por Símia Zen.

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roman soldiers - Senhores,
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Venho em pixels falar sobre vosso Amor. Sobre um tipo de amor quase exclusivo no coração dos homens, mas que não é exatamente sobre o amor sexual entre homens e mulheres, nem do paternal ou filial, também não se trata de homossexualismo. O enfoque é a respeito de um tipo de amor fraternal que os homens são muito propensos de desenvolver em si isentos de quaisquer interesses mesquinhos ou sexuais, este amor se chama AMIZADE.
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Em minha contemplação do ser masculino, percebo que são afortunados de um sentimento solar que é um muito puro e lindo. Um amor virtuoso, desapaixonado, com bases altruísticas, que inclui a lealdade e requer virtude, sapiência… Transcende ao sexo e promove a vontade salutar da mútua cooperação. Sinto que este sentimento nobre estabelece a união e solidariedade entre os homens, se manifesta no prazer em fazer parte em torno de um propósito comum. A amizade é o amor que mantém vossa coesão.
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Desde os primórdios, os homens cultivam a amizade, antes, talvez, tenha sido motivada pela premente ânsia de sobrevivência num mundo ainda inóspito para o bicho humano, e que por obra dessa inteligente cultura de cooperação masculina, o mundo se tornou possível à sobrevivência da espécie. Unidos pela necessidade, inventaram um sem numero de soluções para a vida e assim colocaram a raça humana no topo da cadeia alimentar. Naturalmente os grupos mais unidos levaram vantagens na competição por água, comida e território auspicioso em termos climáticos e eu acredito que os grupos vitoriosos não foram exatamente os mais numerosos em componentes, mas sim, os mais coesos, porque é na união que se somam a perseverança e talentos humanos para um determinado fim e isso se traduz em Força, ou melhor: em Poder. O grupo mais fraco é sempre o menos unido.
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Considerando que levou muiiiiiiito tempo de nossa existência na Terra, muitas e muitas gerações para a vida humana se sobrepor aos predadores e intempéries como está hoje, o conforto atual é vivenciado apenas por gerações recentes de acordo com nossos possíveis mais de 100 mil anos de idade. Acredito que a amizade entre os homens é um dos sentimentos mais antigos estabelecidos no coração humano e que não se desenvolveu apenas por razões funcionais de sobrevivência, mas também por que no exercício do lidar com o mundo, os homens juntos, no decorrer desta convivência cheia de desafios, perigos, tensões e sofrimentos foram aos poucos se reconhecendo como pares. Não estou falando de pares no sentido da natureza sexual, pois, obviamente esta se faz pela complementaridade de seres que possam juntos perpetuar a espécie (óvulos+espermatozóides), mas de pares num sentido mais subjetivo, de identidade de talentos e aspirações, de capacidades físicas e intelectuais, com ao mesmo tempo instintos para a proteção da vida e para a destruição da mesma, de competição e de colaboração… Assim os “espelhos” se enxergaram em virtudes e possibilidades [1], fragilidades e limites, e como extensão uns dos outros sentiram compaixão e conforto solidário entre si, nesta evolução do relacionamento humano, se formou a amizade e nela a ética e boa vontade entre homens de um mesmo grupo. Tenho pra mim que foi esta evolução/sofisticação de sentimentos que os inspirou a expressarem sua humanidade em ações físicas e intelectuais conjuntas num puro espírito político-social, tais como guerras, criação de legislações, arte, filosofia, ciências, religiões, esportes, linguagens, tecnologias diversas, etc. Esta forma práxis, criadora, realizadora de viver a amizade não é de surpreender já que vocês por força da natureza são seres da testosterona/Yang, com vocação à ação física e mental.
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Nos dias atuais, existem muitas associações masculinas antiqüíssimas que permanecem firmes justamente por essa união fraterna que se constitui pela amizade entre os homens [2], mas infelizmente o estilo de vida moderno nefasto vem minando este belíssimo sentimento. Os amigos que resistem juntos a correria coisificante da vida moderna unissex ou a revelia de mães, namoradas, esposas ciumentas e outras que ignoram esse tipo nobre de amor, ou que o invejam, muitas vezes eles são injuriados com especulações maldosas, e quando os homens resolvem fazer um grupo, seja para o que for, são taxados de “Clube do Bolinha”, como se tivessem transgredindo uma ordem velada para convivência mista entre sexos “full time” e só sobre assuntos “unisex” também. Claro que homens e mulheres podem conviver cotidianamente em todas as instancias da vida focados nas questões de ambos os sexos, mas haverá algum momento onde os homens precisarão estar juntos em atividades inerentes as questões do universo masculino, até para manter seus elos de amizade, elos estes que também são elos com sua tradição ancestral e sua natureza.
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Como podemos ter homens felizes e saudáveis, seguros e cônscios de sua masculinidade e responsabilidades inerentes se a cultura vigente prioriza as questões femininas em detrimento das masculinas? E numa moda torpe de mantê-los semi apartados uns dos outros em compartimentos da vida unissex que está se tornando cada vez mais comum no mundo moderno?
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Creio que há um grande preconceito em relação à amizade entre os homens, algo como um certo temor anacrônico que se unam e se fortaleçam entre si como “machões”, como se homem machão fosse ruim! Mas que tolice isso! Pois desde as cavernas que a amizade que uniu e desenvolveu os homens como “machões” beneficiou muito a humanidade, não foi a macheza dos homens o motivo de dissabores nefastos na relação entre os sexos de alguns grupos no passado, ou ainda no presente, como a violência domestica e/ou de estupro, por exemplo, estes males são causados pelas misérias da ignorância [3], fraqueza e patologias independentes do nível de “macheza” (virilidade) nos homens, para o bem da verdade devemos reconhecer que se não fosse essa “macheza” conjunta toda a humanidade, também as fêmeas, já estaria extinta há muito tempo.
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A amizade entre os homens é linda! A concórdia e a fraternidade são análogas à ela, e esta atravessa barreiras de tempo e espaço, biológicas e culturais, étnicas, de credos religiosos, de ideologias políticas, de rivalidades de times de futebol e tudo mais que possa separar as pessoas. Quando estimamos o outro menos que a nós mesmos é afeto, o que é muito bom, quando estimamos o outro mais que a nós mesmos é devoção, é Ágape, mas quando estimamos o outro igual a nós mesmos é amizade, e isso é o básico fundamental para vivermos em “sieme”.
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O amor Philos ou Philia, a Amizade, tem valor em si mesmo e não precisa de pagamento. O sentir desse amor basta para nos enriquecer a existência, sendo a forma mais proveitosa de desfrutar da companhia dos outros seres humanos no cotidiano. Buscar e desenvolver em si a capacidade de ser amigo e oferecer tal bem ao próximo é por si gratificante. Buscar e aceitar a amizade do outro é mais que gratificante… É edificante de si e do próximo como ser humano de fato, é proporcionar-lhe a oportunidade de se exercer como um ser amoroso e solidário na vida. Essa troca humaniza o bicho homem, realiza e evolui o espírito humano.
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O amigo é quem nos escolheu e escolhemos para confiar, feliz de quem tem e é amigo neste mundão cheio de imprevistos e invernos…
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Bom… Desejando aos senhores muita prosperidade em vossos elos de amizade, subscrevo-me,
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Amistosamente,
Símia Zen.
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Posted 15th September 2010 by Shâmtia Ayômide
Labels: Masculinidade Simia Zen
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Textos complementares:
[1]http://reflexoes-masculinas.blogspot.com.br/2010/03/homens-como-surgimos-parte-ii.html
[2]http://reflexoes-masculinas.blogspot.com.br/2010/02/alfas-hierarquia-masculina-e-forma.html
[3]http://reflexoes-masculinas.blogspot.com.br/2009/12/anotacoes-sobre-o-que-e-o-mal.html
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Fonte: Texto originalmente publicado no site Reflexões Masculinas – Revista Online sobre o Homem e a Masculinidade – http://reflexoes-masculinas.blogspot.com.br/2010/09/beleza-da-amizade-masculina.html
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Written by Símia Zen

18/04/2013 at 14:12

A beleza masculina – Por Símia Zen.

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Homem VitruvianoA definição da beleza física masculina tem bases em valores culturais construídos e destruídos de geração a geração, bem como próprio conceito de masculino, mas há algo universal e transcendente a qualquer conceito regional na beleza física do ser humano macho e fêmea, que é a simetria e proporcionalidade entre as partes do corpo conjugadas com vitalidade.
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Nossos corpos, em todas as etnias da vasta fauna humana quando não estão formatados nesta regra natural da simetria e proporcionalidade, a principio, não são expressões do protótipo universal da natureza, no entanto, o mundo material esta sempre em mutação, e nisso um sem numero de variantes naturais vão ocorrendo por conta do resultado casual dos enlaces de genes entre nossos ancestrais, porque a natureza é dinâmica em seu macro ritmo e com mais a interferência da ação humana, vai se transformando continuamente, criando e recriando o universo de formas do qual nossos corpos fazem parte[2]. Em tempos passados, tivemos outras características formais e com certeza, em tempos futuros provavelmente maturemos à outras, pois as formas de nossos corpos vão se modificando para se adaptar de acordo com a solicitação do meio ambiente, mas esse é um processo de evolução muito lento, quase imperceptível em curtos espaços de tempo aos nossos olhos “nus’, portanto, o que vigora em termos formais é ainda a simetria e proporcionalidade que conhecemos, e é neste modelo que sentimos como corpos Belos no geral.
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Mesmo o conceito de beleza mudando de acordo com o contexto histórico e geográfico dos povos e nos gostos individuais também, então, não há um só conceito e sim múltiplos conceitos que podem ser antagônicos ou complementares. Eu acredito que possamos considerar a beleza do ser humano de muitas maneiras, pelo olhar estético (sua forma física) e pelo poético (em sua essência e virtudes), e com esses olhares fundidos, se pode enxergar o todo de nossa beleza humana, mas para isso se tem que ter um olhar livre, descomprometido com padrões temporais de beleza, pois estes podem nos levam a modismos que nos privariam a percebe-la no outro e em nós mesmos. Considerando isso, me entrego a desvendar o puro masculino, sobre o que seria sua beleza no meu sentir e as questões em que ela pode estar interligada na atualidade.
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Senhores, nas minhas idas e vindas de casa, sinto o vasto mundo de formas e cores do caminho, nisso me comovo tanto com a beleza quanto com a fealdade que entram pelos meus olhos de bicho sensível-pensante. Em toda essa variedade, as formas dos masculinos são imãs para meus olhos, me posiciono imperceptível e assisto suas belezas múltiplas como assisto o Sol nascente e poente, me deixo enlevar numa contemplação silenciosa com os meus botões. Cheguei a conclusão de que os homens são belos[3], a menos que estejam com deformações que os impeçam de desempenhar a vida de maneira plena, ou que, por desventura, estejam enfermos. Todos vocês são belos. Todos são magníficos na vasta fauna humana, todos lindos. Todos. De todas as cores, minuciosamente bem feitos na arte pura e exuberante da natureza. Vocês são lindos como o Sol.
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A natureza formou os corpos machos com um capricho incrível, são mais enfeitados do que os das fêmeas. Os pássaros são lindos demais com suas plumagens extravagantes e as vezes hiper coloridas, como a do pavão, ô bicho lindo! Os mamíferos com pelagem em paletas lindas e chifres estupendos; os peixes também são belos, até o Gupi tem uma calda show! Nos homens, as características naturais são igualmente exuberantes como, por exemplo, o Pomo de Adão, que além da função biológica, é uma verdadeira joia no pescoço. Ver um homem falando, comendo, bebendo, cantando, e o Pomo de Adão lá… Movendo-se pra cima e pra baixo, é bom demais… E perturbador também. Acho que vocês nem ligam para esse adorno natural, nem para seus pelos, não notam a beleza da pelagem em seus rostos e corpos, que pena… A fauna humana é muito rica, tem homem lindo de tudo quanto é tipo, e de virtudes morais e espirituais também.
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Senhores, o fator cultural interfere na visão do belo, pois a cultura sempre abrange determinantes além do natural comprometidos com alguma ideologia vigente, e como ninguém é impermeável às influencias culturais do grupo em que está inserido, assimila seu senso comum inclusive no plano estético. Em muitas regiões do país, infelizmente ainda há uma crença de que o homem não seria belo dentro de suas características físicas naturais, é comum ouvirmos a frase absurda que define a mulher como sendo “O belo sexo”, quando na verdade tanto a mulher quanto o homem poderiam ser definidos assim, até porque, os machos têm os corpos mais enfeitados. Essa distorção invade o inconsciente coletivo dos homens, atrapalhando-os de verem suas características especificas masculinas como belas também. Uma lástima.
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Uma das causas da crença que o homem não seria um belo sexo ocorre porque, desde pequeninos, os homens são educados a não se apreciarem esteticamente em suas características corpóreas mesmo que seja apenas no seu próprio corpo, e sim, induzidos a “venerar” as formas femininas sobretudo numa visão do corpo feminino como objeto sexual, e pior: valorar como superior e inferior a mulher dentro desta visão coisificadora nefasta. Outra é que os machos humanos tem vocação natural a sentir a beleza como principal critério para selecionar fêmeas para o amor e sexo, e, naturalmente, valorizam demais as características especificamente femininas por isso. Então, pelos seus próprios referenciais de seleção, acabam por achar que não seriam belos por ter características físicas tão diferentes das dos seres que “idolatram” como belos. O efeito dessa crença é catastrófico, pois o homem inconscientemente tende a achar-se feio diante da mulher, acaba por tabela se sentindo inferior as mulheres que ele avalia como belas, e assim, ele passa a acreditar que não é tão selecionável ou amável por ter corpo diferente do que ele vê como o bonito, tomando desta maneira seu próprio gosto e referencial de escolha como único absoluto, mas isso não é verdade. Por outro lado, nós fêmeas temos gostos diversos e vemos as características dos machos como belas. Bom… Nem todas, existem muitas mulheres que estão impregnadas de modismos misândricos, daí não podem perceber a beleza das características corporais naturais dos machos.
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Enfim se chega aos casos dos homens subservientes às amigas, ficantes, namoradas e esposas, por se verem como um ogro diante de uma fada ou de um sapo diante da princesinha. Aí danou-se! Neste complexo de inferioridade, reuni-se os ingredientes certos para ele achar que a mulher lhe faz um favor em lhe corresponder atenção e afeto, fazendo com que se sinta grato ou em dívida para com ela, então fica internamente compelido a lhe retribuir ou a pagar por tal favor, daí em diante “é água morro abaixo”, isto é: Ele se permitirá a ser explorado, servirá como burro de carga e coisa de fazer dinheiro numa submissão voluntária para se sentir retribuindo a altura tais favores e achando que com isso poderá manter a mulher ao seu lado, ou seja: pagando por amar.
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Senhores, a verdade é que a natureza formou corpos humanos na versão feminina e masculina para complementarem-se e assim realizar a deliciosa missão de replicação da espécie humana, e em suas funcionalidades naturais, mulheres e principalmente os homens são belos por natureza, daí não há muito mais a problematizar. O que todos nós podemos e devemos fazer é cuidar de nossa higiene, saúde e beleza natural externa e interna, primeiramente para nós mesmos, exercendo a responsabilidade e o amor para conosco generosamente, e depois como expressão de afeto e consideração para os com outros. Só isso. De resto, tudo é efêmero, é só uma bela de uma “construção social”nefasta (coisificadora do ser humano), não há porque levar muito a sério.
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Bom… Depois de tanta “escrivinhação”, me despeço dos senhores, desejando que se olhem no espelho com olhos livres e percebam o quanto são belas suas características masculinas, e que se aceitem como seres belos também. As belezas são diferentes, mas equivalentes, ou seja: em termos estéticos entre homens e mulheres, ninguém deve nada a ninguém. O importante é que vocês se permitam brilhar como o Sol.
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Saudações respeitosas,
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Símia Zen.
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Notas do editor:
[2] Desmond Norris nos livros O Macaco Nu e A Mulher Nua, respectivamente, realizou várias descrições anatômicas detalhadas do corpo humano.
[3] A respeito desse assunto recomendo que também leiam Esther Vilar em O Homem Domado.
Posted 13th July 2010 by Shâmtia Ayômide
Labels: Masculinidade Simia Zen
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Fonte: Texto originalmente publicado no site Reflexões Masculinas – Revista Online sobre o Homem e a Masculinidade  http://reflexoes-masculinas.blogspot.com.br/2010/07/beleza-masculina.html
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Written by Símia Zen

18/04/2013 at 14:05

Sobre a impotência peniana – Por Símia Zen.

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sb10062927r-001Senhores,
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Há muito vejo que os homens reclamam muito sobre a qualidade dos relacionamentos amorosos e do sexo na atualidade, e devo acrescentar que nestes tempos “líquidos” isso não é de surpreender, pois a inconsistência das relações humanas sem todas as esferas da vida é comum. A ideia de amor entre os opostos está por demais desgastada e sem muitas possibilidades de regeneração a menos que haja na pratica uma revisão dos valores que permeiam nossa cultura consumista reforçadíssimos pela publicidade e folhetins comerciais do cinema e da televisão. Mas claro que para se revisar algo, é preciso antes ter consciência das reais necessidades de reformulação e isso só através de uma reflexão profunda dos prós e contras de tal coisa, considerando suas causas e efeitos no contexto geral da vida social, familiar e amorosa. Realmente não sei se as pessoas que compõem nossa sociedade estão em condições de tal revisão ou apenas vão indefinidamente cristalizar os valores consumistas nas mentes das crianças mecanizando-as a seguir modismos e estrangeirismos vãos. Mas seja como for, me vale a amorosidade de escrever-lhes este texto.
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Os senhores devem estar intrigados com o que esse preâmbulo tem a ver com a impotência peniana. O que é compreensível já que em nossa cultura o ser é compartimentado e, assim, o corpo é entendido como algo esquartejado em seu funcionamento e demandas, mas a verdade é que o ser e o corpo estão uno até a morte os separar. Enquanto estamos vivos biologicamente, o ser corpo/espírito é indivisível, portanto a única forma de vermo-nos plenos, saudáveis de corpo e alma, é integralmente. Agora sim já devem ter percebido aonde quero chegar.
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Bom… No cotidiano notei que mulheres jovens e maduras, bonitas e nem tanto, se lamuriam quanto ao pênis dos homens que elas têm contato sexual fora ou dentro do casamento. Reclamam não exatamente sobre o tamanho de pênis, como é a suposição equivocada dos homens, como se quantidade de pênis fosse a coisa mais importante para mulher do que qualidade do encontro carnal. As reclamações são sobre a flacidez peniana. Embora eu ache isso um pouco de exagero, devo compreender que para um casal harmônico e criativo isso não seria problema, mas em relações sem base amorosa que valha, realmente deve ser uma coisa meio complicada.
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Refletindo sobre a impotência peniana, penso que pode ser propiciada por inúmeros motivos, tais como: desgastes físicos e energéticos por motivo de idade avançada, tendência genética, enfermidades diversas refletidas na potencia sexual, efeitos danosos da poluição do ar e da água principalmente, ansiedade e estresse próprios do estilo de vida urbana e consumista, mas principalmente por causa de insatisfação no amor sexual, pois um homem descontente em seus sentimentos e desejos afetivo-sexuais corre o risco de entrar em desequilíbrio psíquico emocional e por efeito ter a circulação de seu sangue descompassada e daí o pênis falho no ato sexual, pois mesmo que os instintos sexuais masculinos sejam muito fortes, ainda assim a mente, o afeto, os anseios, os temores, o desejo, as frustrações, os sonhos, a esperança e a razão estão intimamente interligados no ser humano, no homem também. Por isso, creio que em casos de impotência peniana não vale dar crédito a tratamentos frios, violentos e intoxicantes sem antes buscar mais fundo na alma a harmonia integral.
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Claro que num tempo onde sonhar é luxo, e quem ousar raciocinar sobre a qualidade de vida amorosa sexual se não for feito de resiliência se deprime ou se apatiza, não poderia mesmo ser um bom tempo para os pênis celebrarem a Vida dentro de vaginas. Vaginas que, por sua vez, também estão mórbidas, pois mulheres amorosamente petrificadas em alta rotatividade no sexo casual perdem além da ternura d’alma o vigor em suas vaginas e não muito raro ficam cínicas e sarcásticas ante o amor, talvez isso também influa na impotência peniana, e com certeza o desleixo estético por parte de algumas destas mulheres descontentes com suas vidas contribui muito para a flacidez peniana dos homens muito susceptíveis ao visual no coito, não me surpreende estes tristes comportamentos femininos nas que estão numa dinâmica sexual onde serão descartadas após consumidas, pois relações sem futuro, nem presente, nem passado, sem historia, é normal esse tipo de morbidez e feiúra.
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Fora a falta de consistência amorosa-sensual e o desestimulo por falta de zelo estético e frieza afetiva das mulheres rotativas, há também os pérfidos alimentos “lixão” que são consumidos em escala alarmante todos os dias na correria desesperada das vidas masculinas. A natureza não deixaria essa imprudência impune… E não é raro na fofoca feminina corriqueira a informação de que há homens ainda em boa idade para o amor estarem com suas veias e artérias entupidas por gorduras cutres colecionadas nos fast-foods de cada dia, e claro, com seus falos falhos, flácidos, inertes moribundos sobre seus testículos…
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É sabido que a natureza masculina é mais propensa aos desgastes no coração, no sistema circulatório também, é da natureza do homem a fartura de apetite sexual com a imensa produção de testosterona e libido e adrenalina, sobretudo os gastadores por efeito de preocupações com as dívidas a pagar, obviamente quando estão insatisfeitos, o estado de mal ânimo se refletirá no corpo e o pênis não fica isento disso. O homem que não pode erguer e reger vigorosamente seu pênis no leito ficará ainda mais estressado e assim ainda menos poderá contar com seu pênis para o amor e se desestressar neste ato naturalmente benéfico à saúde do homem, pois um homem satisfeito no leito fica com mais fôlego para enfrentar os desafios e lutas da vida masculina e um homem insatisfeito tende a ter menos energia nas batalhas da vida e, por efeito dominó, logo estará muito deprimido. Lembrando: Medicamentos para depressão diminuem a capacidade viril do pênis.
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Devido ao exposto acima é que se faz necessário ao bem da qualidade de vida masculina integral, que os homens cuidem bem de seus corações, digo o símbolo do amor e o músculo que bombeia o sangue no corpo, em nada lhes fará mal que rejeitem as relações amorosas torpes e consumistas com nefastas e também rejeitem se alimentar com alimentos nocivos a saúde na lida diária. O mais lógico seria se as mesmas mulheres que dedicam seus quereres amorosos e sexuais fossem além de suas próprias mães as cuidadoras de seus corações e estômagos, claro que nefastas não teriam essa boa vontade, mas acredito haverá moças de bom trato humano “vocacionadas” ao cuidar amoroso, além do sexo para alcançarem junto com tais femininas a necessária felicidade amorosa sexual e assim não correrem o risco de serem assombrados por infartos, nem impotência peniana e nem pela depressão, obviamente esse bem custa uma revisão de seus valores, ou seja: buscarem nas mulheres o melhor da natureza feminina ao invés de se apaixonarem no sexo pelo sexo por seres vistosos nos fetiches sexuais, mas degradados esquizoides viciados a costumes que aniquilam o instinto de fêmea mais bacana do existir feminino que é o instinto uterino do cuidar. Sei que nem todos estão “afim de” rever conceitos muito menos romper como vício do consumo sexual sem consistência afetiva mesmo que essa prática fria e impessoal lhes ponham deprimidos, apáticos, céticos e impotentes no amor, mas vale lembrar que os homens mesmo os muito durões não são feitos de isopor.
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Bom… Espero que, ainda que utópica, lhes tenha sido útil minha simplória reflexão sobre a impotência peniana. E concluo esta carta desejando aos senhores e seus familiares a saúde, a paz e o amor.
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Fraternamente,
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Símia Zen.
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Posted 5th November 2011 by Shâmtia Ayômide
Labels: Simia Zen Relacionamentos
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Fonte: Texto originalmente publicado no site Reflexões Masculinas – Revista Online sobre o Homem e a Masculinidade  – http://reflexoes-masculinas.blogspot.com.br/2011/11/sobre-impotencia-peniana.html
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Written by Símia Zen

18/04/2013 at 13:53

A mendicância masculina – Por Símia Zen.

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mendigos de la habanaSenhores,
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Creio que uma das piores sequelas da realidade brasileira e conjugada com a fraqueza do espirito humano é mendicância masculina, pois não é só por conta das misérias materiais geradas por consequência da colonização caótica e abolição da escravatura muito mal feita, e nem pela atual escassez de oportunidade de trabalho formal que se tem essa imensa população masculina esmolando pelas ruas dos grandes centros urbanos brasileiros, há também outros fatores de ordem emocional, biológica e espiritual que abatem os homens desta maneira medonha. Percebo o sofrimento desses homens, me sinto impotente diante desse horror, mas uma coisa eu posso fazer… Posso votar em um homem que criasse uma proposta viável pelo menos para minorar tanto sofrimento, e é nesta esperança escrevo este texto.
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Senhores, sei que o que escrevo aqui todos já estão carecas de saber, mas ainda assim me sinto compelida a continuar essa reflexão pois a mendicância não aparta apenas um homem da cidadania, ela aparta da saúde física, mental e espiritual, aparta da cultura, do conhecimento, da evolução em todos os sentidos e evidentemente aparta da família e do amor sexual feminino. Por que não é segredo para ninguém que nós mulheres temos critérios muito rígidos para a seleção de par por premissa biológica e primal da preservação da espécie, antes da cultural inclusive, por isso tais critérios primam pela capacidade de proteção acima de tudo e, por obvias razões, tais critérios não contemplam homens na mendicância, já que estes estão incapacitados às virtudes masculinas necessárias tanto a nível biológico quanto sociocultural, e obviamente nem para o amor descompromissado, nem para o amor consistente para formação de família e muito menos para a paternidade.
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Vem principalmente do instinto de seleção de genes e proteção da prole o fato de não existir para as mulheres príncipes encantados mendigos. Lembrando: O amor de fêmeas saudáveis pode até ser cego e sem interesses escusos, mas nunca a ponto de por em risco a segurança de suas crias. E mesmo as mulheres nefastas que se entregam ao seu lado obscuro com os interesses sortidos do ego e/ou desnaturadas que não visam o bem estar dos filhos e até os ameaçam, para ainda estas por seus motivos espúrios, não incluem também mendigos em suas vidas sexuais. Ou seja: Os homens que caem nesta tragédia ficam sós, e com isso ficam ainda menos motivados a se erguerem e se recuperarem do infortúnio. Se não forem ajudados vão de mal a pior vertiginosamente…, e se esse mal não se bastasse em si, os homens em tal situação ficam vulneráveis a demência e assim são usados em frias estatísticas para arrecadação de verbas para programas assistenciais inúteis, nesta dinâmica é quase impossível saírem da mendicância. Não sei como se resolve isso, não entendo nada de macro política social, mas creio que deve haver alguma solução sem ser o assistencialismo inútil de governantes hipócritas que além de não resolver nada ainda usam a miséria para se autopromover e lucrar corruptamente em cima da boa fé das pessoas que infelizmente acreditam neles…
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Na minha observação a distancia percebi que os mendigos vivem situações terríveis, são escorraçados das calçadas das lojas onde teriam marquises para lhes abrigar da chuva, e também quando se aproximam das pessoas para pedir esmolas ou atenção e calor humano. Por estarem tão arrasados assustam os passantes. Os homens não dão dinheiro aos mendigos a menos que sejam mulheres ou crianças, muitos partem da ideia que o mendigo é um homem que não quer trabalhar o que não é improvável no estado de doença física e mental em que estão. O contraditório é que os homens dão dinheiro a mulheres que não querem trabalhar mesmo que não sejam mendigas, e não se pode saber ao certo se estes homens desvalidos estão nas ruas porque não querem ou não tem condições e/ou oportunidade de trabalho. Realmente dar esmolas não resolve e pode viciar a pessoa nisso, porque o problema tem raízes muito maiores do que a pobreza material. E mulheres normalmente além de não dar esmolas fogem de qualquer tipo de comunicação com mendigos, também eu faço isso, porque sei que eles enlouquecem nesta vida, e estão sem satisfação do apetite sexual assim se molestam sexualmente transmitindo uns aos outras doenças fatais, daí fico com receio que me façam mal e, mesmo sentindo comiseração e remorso pelo abandono que cometo por autopreservação, fujo também.
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Creio que as vidas desses homens duram o tempo das doenças e desesperança os abater, por relatos já soube de alguns casos onde o desgosto amoroso por serem rejeitados ou traídos ou espoliados pelas mulheres que eles amavam os fizeram cair nas drogas e se suicidarem como cidadãos se jogando nas ruas como sacos de lixo nas calçadas imundas, e não duvido que esta não seja a tônica comum de suas vidas pregressas fora a pobreza de nascença, sendo órfãos de pais vivos ou drogados e filhos de mães adolescentes de igual indigência. São dos homens as virtudes da força e resiliência, mas nem todo homem pode vencer grandes adversidades, alguns são fracos diante de tanta desventura e sucumbem até tão baixo estado de vida… Creio que quando pensamos no bem estar e boa qualidade de vida dos homens não poderíamos esquecer-nos dos que se afundam nas drogas e na mendicância, pois estes mesmo que muito fracos também são homens.
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Hoje existem inúmeros atendimentos assistencialistas as mulheres desvalidas e muito poucas ficam a mercê das ruas como mendigas, ou por estarem sobre a guarda do estado em asilos a principio para idosas e doentes mentais e outros acolhimentos de instituições privadas ou religiosas. As ONGs especializadas em assistência as mulheres também abrangem um quinhão nisso, seja apenas por interesse de receber dinheiro livre de impostos, seja por ideal filantrópico de fato, seja como fachada para outros interesses tais como alavanca para dondocas ganharem mídia e/ou como trampolim para carreiristas na politica feminista, de qualquer forma não se vê tantas mulheres na mendicância como se vê homens, até porque a pobreza e desgostos amorosos femininos também são capitalizados pela indústria de prostituição em sua nefastidão, e não são raros os casos de prostitutas acolhidas como amasias pelos homens que as usam, daí as mulheres têm mais chances de não esmolarem pelas ruas.
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Bom… Concluo esperando ter sido algo útil na reflexão masculina que este site propicia, e sabendo do exemplo dos homens que caíram na miséria por amor, torço para que os homens de boa fé que se deixam levar por paixões insanas por nefastas com cara anjo fiquem mais espertos e nunca deixem seus cartões de credito acessíveis a elas, porque quem vê cara não vê coração…
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Cordialmente,
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Símia Zen.
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Posted 15th August 2011 by Abdall
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Fonte: Texto originalmente publicado no site Reflexões Masculinas – Revista Online sobre o Homem e a Masculinidade.
http://reflexoes-masculinas.blogspot.com.br/2011/08/mendicancia-masculina.html
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Written by Símia Zen

18/04/2013 at 13:45

Os presidiários precisam de uma chance de recuperação – Por Símia Zen.

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6a010535dc3e1e970c011572269f26970b-800wiSenhores,
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De muitas e muitas coisas que me comovem olhando a vida dos homens, como por exemplo, suas sagas, venturas, lutas e vitórias coletivas e individuais, eu também me compadeço dos destinos dos desgraçados desprovidos de virtudes e boa sorte como é o caso dos homens que por inúmeros motivos chegaram ao um ponto tão baixo e vil de seus lados obscuros que caíram na vida do crime. Não que eu os abone de seus erros e nem que desaprove o peso braço da justiça em puni-los, mas não posso evitar a tristeza que sinto ao ver tanta humilhação desses fracassos humanos nos noticiários na TV quando são caçados e presos, realmente não há como não ver a tragédia gargalhando na vida desses homens decaídos, e pensar que um dia foram crianças inocentes, tanto quanto os demais homens, com seus sonhos e sorrisos ingênuos…
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O estado de animalidade da vida dos criminosos em presídios só poderia ser adjetivado como o inferno… no seu mais puro sentido simbólico de nefastidão. Creio que se eles já não têm discernimento e amor a vida ainda soltos e num presidio são extirpados de toda humanidade que poderiam ainda ter em forma latente, ali é perdida qualquer possibilidade de retornarem ao bem se ser humano. Bom… Exceto por alguns poucos homens desventurados que por grande sorte e força interior conseguem regenerar sua humanidade mesmo neste reduto de horror e misérias inomináveis, alcançando assim a vitória da recuperação de seus destinos e ânimo interior. A estes arruinados que aprendem com seus erros, com seus infortúnios, com o sofrimentos e se corrigem, transformando-se em pessoas possíveis de conviver em sociedade é que dedico esta escrita.
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Sabemos de todo horror que acontece no dia a dia nos presídios brasileiros, sabemos de todas as torturas físicas, mentais e emocionais que estes homens degradados praticam uns aos outros, à revelia dos carcereiros, e assim passam todos os dias nas prisões brasileiras, dias que são anos, anos que são séculos, séculos de monstruosidade de ainda maior deformação e aniquilamento de suas almas derrotadas. Sabemos por que assistimos na TV, sentados em nossas poltronas na hora do jantar e, umas pessoas se horrorizam, umas se agradam de assistir ao castigo, umas se compadecem, umas não sentem nada…
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De fato o mal que estas vis criaturas causaram as pessoas de bem e podem voltar a causar, se tiverem oportunidade, não poderia mesmo ser perdoado, obviamente não defendo o mal e nem os maus, também como toda cidadã com um mínimo de senso de justiça concordo que todos os criminosos devam ser afastados de nosso convívio, nos ameaçam, são ruins, são predadores e perniciosos, mas… Creio que há coisas que devemos considerar dentro desse quadro de decadência humana e social, não para promover permissividade ao mau uso da liberdade e desrespeito as nossas leis e sim para sermos mais justos e humanos, e por efeito, para que minoremos tanta barbárie em nossa sociedade. Pela razão óbvia do amor a Vida, pela justiça não sou favorável a pena de morte e nem a ideia de presídios apenas punitivos, mas sim para a devida correção, porque dentro da população carcerária não há apenas criminosos vis e nefastos, ainda assim, vidas humanas, mas há também os que estão presos por erros de justiça…
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Há os homens que perderam sua dignidade por falta de alternativa, como é o caso do castigo sem investigação cuidadosa onde homens são sentenciados ao cárcere por engano de nomes homônimos e por testemunhos que cometem perjúrios e/ou por outras situações de prisão sem julgamentos decentes e até com jurados sob pressão de ameaças, ou de mendigos por furtos de comida ou agasalho, por exemplo. Por isso também que não se deve acreditar num sistema de punição por pena de morte, creio que mesmo que conseguíssemos organizar melhor nosso sistema judiciário e diminuir a corrupção no país, ainda assim, tais enganos poderiam ser cometidos e executaríamos inocentes. Ademais, a pena de morte não garante o fim do crime nem da existência de criminosos, pois se fosse assim, os países que executam a pena de morte há muito tempo não teriam mais índices de criminalidade tão alarmantes como os nossos.
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Acredito é num sistema carcerário de correção verdadeiramente, um que valesse a recuperação do criminoso e não a intensificação de seu mau caráter e fraqueza. Aliás, sob um sistema punitivo em prisões tão nefastas como temos no Brasil, é fácil piorar tais criaturas tornando autores de pequenos delitos em bestas humanas. O que não interessa a ninguém…
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Mas que fique claro que quando falo de criminosos passiveis de correção e recuperação, não estou falando de autores ou mandantes de crimes monstruosos como assassinato premeditado e estupro. Para estes, o afastamento perpétuo é o mais seguro para a sociedade em geral. Estou falando dos inúmeros casos onde o crime é contra o patrimônio ou por agressões a pessoas físicas sem grandes danos e ao pudor público, por exemplo.
 .
Senhores,  fiquei sabendo que em outros países o sistema penitenciário é privado e fiquei pensando entre minhas agulhas e bastidor, se aqui no Brasil se tem o costume de imitar um sem numero de coisas que nem tem a ver com nossas reais necessidades, porque não imitar essa boa solução no sistema carcerário e privatizarmos os todos os presídios também? Afinal, não tem graça nenhuma pagarmos impostos altíssimos para sustentarmos os gastos com os cárceres nacionais que não recuperam efetivamente os criminosos e até os pioram, sobretudo quando temos tantas outras coisas a investir para a boa qualidade de vida da população brasileira em plano geral.
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Creio que compradores de presídios é o que não iria faltar, considerando o fato de que presídios rendem muito lucro com tanta mão de obra disponível e seus proprietários poderiam até ficar isentos de impostos, pois não estaríamos ganhando, mas nem gastando verba de nossos cofres públicos. Claro que tais “negócios” teriam que ser bem supervisionados para não haver desrespeito aos direitos humanos, e creio que o gasto com a supervisão e monitoramento estatal para a recuperação dos criminosos poderia render mais benefícios que prejuízos a nós. Presídios que têm como meta o lucro também têm a produção e nada mais positivo que o trabalho honesto para começar um processo de reeducação de criminosos e assim experimentarem o estilo de vida do cidadão comum para conhecerem esta forma de dignificação de seu prato de comida, suas vestes, seu teto, seus estudos, seus advogados de defesa, sua correção e principalmente o sustento de sua prole.
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Creio que para um homem decaído, a chance de gerar recursos com trabalho honesto dentro da prisão com seu próprio suor do rosto, como acontece nos presídios privados, gera também um novo ânimo para sua própria evolução, já que lhe traria o bem de se sentir com mérito para ser chamado de ser humano uma outra vez na vida. Ninguém nasce criminoso, em alguma fase da vida tais criaturas foram humanas, mesmo que tenham sido apenas na mais tenra infância. Lembrando: O ócio improdutivo para o homem e para a mulher promove todo tipo de doença na alma, sobretudo àqueles que já são propensos a isso, daí não se pode esperar a correção de criminosos onde eles não estejam ocupados com o trabalho, esportes e estudos laicos e/ou religiosos.
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Bom… Concluindo esta carta peço os senhores que reflitam para si sobre a VIDA dos presidiários e que seus pensamentos se reflitam em suas ações pelas vias legais em que os bons homens podem minorar o caos social que nos oprime sem se tornarem criminosos também.
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Respeitosamente,
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Símia Zen.
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Posted 30th August 2011 by Abdall
Labels: Simia Zen Política e Filosofia
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Fonte: Texto originalmente publicado no site Reflexões Masculinas – Revista Online sobre o Homem e a Masculinidade  – http://reflexoes-masculinas.blogspot.com.br/2011/08/os-presidiarios-precisam-de-uma-chance.html
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Written by Símia Zen

18/04/2013 at 13:40

A Virtude Yang do homem brasileiro II – Por Símia Zen.

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yin-yangSenhores,
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Eu deveria explanar sobre uma imensa lista de heróis nacionais já renomados por seus feitos em nossa historia, feitos de coragem em guerras e outros acontecimentos políticos que mudaram nossas vidas, mas creio que os senhores já estão carecas de saber disso e muito mais do que eu, então lhes enfadaria com tanta obviedade, por isso adotei outra lista ainda não registrada que é a dos heróis anônimos que cotidianamente demonstram a capacidade de iniciativa, coragem, altruísmo e compaixão que se revelam no Brasil todos os dias como, por exemplo, nas temporadas das chuvas de verão no Rio.
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Os noticiários da TV não param de mostrar as catástrofes que veem ocorrendo na região serrana do Estado. Enchentes, desabamentos, enxurradas arrastando e enterrando casas com famílias inteiras dentro. Todo ano isso se repete, e todos os anos inúmeros homens voluntários dedicam-se ao salvamento e reconstituição da vida nestes locais. Infelizmente, é nessas horas que se vê mulheres reconhecerem nossa dependência natural ao ser masculino e a gratidão pelo macho ter a verdadeira vocação para a liderança. E depois de tanta depreciação à natureza yang deles, ainda assim eles perdoam e deixam tudo de lado e se dispõem à nossa proteção. Na hora do aperto é que vemos mulheres sem discurso feminista nenhum e aceitando a liderança do macho na boa, e assim que vemos o mulheril cooperando passivamente com os homens no enfrentamento da natureza. É na tragédia que a mulher reconhece de fato a dádiva que é existir o homem “machão” sobre a terra.
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Erguemos as mãos para o céu por não termos por aqui uma população de bananas do tipo que o feminismo tem como ideal de homem. Podem falar tudo de mau dos nossos conterrâneos, mas eles não ficam de pose politicamente correta feminista e se defecando paralisados diante do infortúnio. Eles, nos seus impulsos yang, não medem esforços para salvarem as vidas de mulheres, crianças e uns aos outros. Se vê que estão incansáveis nas buscas de sobreviventes e mortos, amparo amigo aos que perdem seus familiares e pertences. Muitos para proteger, perderam suas próprias vidas, o que acho uma temeridade e excesso. Muitos compartilham o pouco que tem como os demais. Creio que ninguém do mundo inteiro olhando essa catástrofe e a postura heróica de nossos homens neste enfrentamento, poderia questionar a macheza deles, ninguém poderia nos dizer olhando nos olhos que aqui não tem masculino pleno em seu valor yang, que aqui não tem o Homem de Verdade.
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Antes de eu concluir este escrito devo fazer um esclarecimento, pois na carta anterior utilizei a palavra “yang” para definir o tipo de virtude dos homens brasileiros, e por alguns comentários posteriores, vi que deixei a desejar quanto ao seu significado. Para que minha comunicação com os senhores não fique como na “Torre de Babel”, incluo informações sobre a palavra/conceito “yang”.
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Bom… A palavra “yang” faz parte de uma teoria oriental sobre as leis da natureza e do universo em geral,“TAO” (Caminho), o que mais se conhece sobre o TAO no ocidente é sua representação gráfica, o Tei-Gi, chamado popularmente de “yin-yang”, e que hoje é usada nefastamente no mercado da moda como enfeite para uma customização “New Age” desconexo de sua função didática.
O Tei-Gi é uma imagem ilustrativa que simboliza o “TAO”, ela serve para mostrar didaticamente a idéia da polaridade e equilíbrio da natureza – (tipo: o caminho para se chegar a perfeição). No Tei-Gi a força Yin e a força Yang estão interpenetradas, se complementando para formar assim o o TAO, representado pelo círculo, (forma perfeita, sem lados, nem começo nem fim – Unidade). O Yang em branco e o Yin em preto representando neste contraste extremo o caráter de Luz e Sombra e de pólos opostos destas forças. Os opostos se atraem para gerar a unidade e manter o universo assim, numa dinâmica de mutação eterna. O diagrama mostra a interdependência entre eles, e que no equilíbrio dinâmico da natureza o yin contém o yang e vice versa, o Yin dá origem ao Yang e o Yang dá origem ao Yin, quando o yin chega ao seu ponto máximo de força se verte yang e quando o yang chega ao seu ponto máximo de força se verte yin em eterna mutação. Estas polaridades giram uma em torno da outra numa simetria com interpenetração entre as partes e se complementam e assim, interagem e se integram, em movimento de mutação formam tudo, permeiam/compõem tudo que existe, são os protagonistas da dinâmica do universo e geradores de tudo que há nele quando unidos.
 .
A força Yang é associada ao princípio da expansão, dispersão, ativo, dinâmico, luminoso, quente, positivo, criativo e destrutivo, o masculino, a força Yin é associada ao princípio passivo, receptivo, obscuro, sombrio, frio, negativo, da retração, absorção, concentração, conservação, preservação, o feminino, não há hierarquia entre estas forças, elas são inversas, mas equivalentes, uma sem a outra fica sem efeito gerador (não completa o TAO – círculo – ciclos). As qualidades de ambas são interdependentes, só são virtudes na medida das virtudes da outra, tipo: duas faces da mesma moeda, por isso são os pólos opostos da mesma coisa.
Exemplo: não se pode considerar numa instalação elétrica, o pólo negativo e o positivo do fio como inferior e superior, nem um como sendo o bom e o outro como sendo mau, só são necessários para instalação elétrica ser eficaz e o abajur acender, e assim são as forças complementares características da natureza, que ambas estão em nós também, em graus diferentes entre o macho e a fêmea.
 .
Na fêmea que é yin, há um tanto de força yang e no macho que é yang, há um tanto do yin. Por esse equilíbrio é que funcionamos como feminino e masculino com saúde, pois nossos corpos são regulados e equipados para isso, mesmo que as culturas atuais desafinadas com a ordem natural neguem essa verdade e baseados nesse equivoco, imprimamos um estilo de vida como se fossemos iguais, ainda assim, a polaridade yin e yang é coisa imutável. O máximo que acontece quando essa premissa natural é desconsiderada em nosso estilo de vida é o homem ficar yin/feminino e a mulher yang/masculino, mas como nossos corpos são inaptos a essa inversão corremos o risco de pane (doença) em nosso organismo e psique em decorrência de tal distúrbio. Podemos até fazer uma construção social que inverta os papeis na dualidade yin e yang, mas nunca seremos iguais, sempre seremos um yin e outro yang.
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Bom… Concluo esta carta esperando que mesmo com a espiralada e palavrenta subjetividade yin me tenha feito entender aos honoráveis complementares yang.
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Saudações cordiais,
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Símia Zen.
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Texto anterior: A Virtude Yang do homem brasileiro I.
Posted 31st January 2011 by Shâmtia Ayômide
Labels: Masculinidade Simia Zen
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Fonte: Texto originalmente publicado no site Reflexões Masculinas – Revista Online sobre o Homem e a Masculinidade  – http://reflexoes-masculinas.blogspot.com.br/2011/01/virtude-yang-do-homem-brasileiro-ii.html

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Written by Símia Zen

18/04/2013 at 13:33

A virtude Yang do homem brasileiro – Por Símia Zen.

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Robert ScheidtQueridos conterrâneos,
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Minha intenção nesta carta é propor um olhar as múltiplas virtudes yang do homem brasileiro, que são fartas nos homens de todos os estados brasileiros, mas nem sempre são devidamente vistas, sabidas e respeitadas por gente de outras terras e também por nós mesmos, infelizmente nós brasileiros temos uma estranha mania de nos menosprezar sempre que não somos totalmente perfeitos ante as pessoas de outras nacionalidades, vide, por exemplo, o caso do futebol numa copa do mundo, se nossa equipe não obtém o primeiro lugar e sim se coloca dentre as mais bem sucedidas equipes no campeonato planetário achamos que não há nenhum valor em tal feito…
 .
Senhores, creio que um dos maiores impedimentos para a prosperidade de uma pessoa, seja homem ou mulher em todos os campos da vida, é a pouca consciência de seu valor e possibilidades e limites, pessoas com autoconhecimento, por efeito, acabam sendo um pouco mais assertivas em seus propósitos e necessidades. Infelizmente, em nosso país nem todos estão ainda com a visão clara de suas potencialidades e entraves para realizá-las em suas vidas cotidianas, nem as mulheres de suas potenciais virtudes femininas Yin, nem os homens de suas potenciais virtudes masculinas Yang, e isso pode causar um grande risco à sofrimentos e doenças desnecessários por conta de um sem numero de equívocos na lida com a vida e consigo mesmos.
 .
Quando se fala de coragem, bravura, inteligência prática, poder de decisão, dinamismo, iniciativa, força e demais virtudes yang imediatamente nos vem a cabeça ideia de herói, e herói a mártir. Bom, nem sempre há que ser mártir para ser bom, nem ser radicalmente bom para ser herói, porque é do humano a subjetividade, a dualidade, alguém pode ser herói de sua própria vida e da dos seus e ser vilão de que ameaça a si e aos seus, enfim, o conceito de herói é bem flexível, e o reconhecimento, o status de herói depende muito mais dos padrões morais e interesses das pessoas que avaliam seus atos e feitos do que mesmo de suas características de personalidade e virtudes expressas. Ou seja, um homem pode ser considerado herói por feitos “do bem” ou “do mal” para determinado grupo e/ou causa dentro de critérios ideológicos diversos e com isso ser julgado como mocinho ou vilão na história, mas independente de qualquer coisa ambos se igualam em suas fortes virtudes yang “do fazer acontecer”, pois do contrário sequer existiriam fatos para julgá-los como bons ou maus na tal história.
 .
Exceto em casos extremos de debilidade física, mental ou espiritual, potencialmente em todos os homens do mundo tais virtudes Yang, que associamos a ideia de herói, podem existir manifestas e/ou latentes. Tais virtudes são do caráter do homem brasileiro, manifestas ou latentes, fazem parte de seu fundamento básico de identidade em suas múltiplas versões e mesclas hereditárias e culturais, para provar o que afirmo, peço que dirijam seus olhares a si mesmos pelo espelho que são os heróis brasileiros históricos, e vejam a fartura de virtude yang do homem brasileiro em todas as suas múltiplas diferenças culturais e pluralidades genéticas.
 .
Como meu objetivo aqui não é de julgamento histórico e sim mostrar de forma mais neutra possível a farta e recorrente natureza yang dos homens de nossa terra, não vou me ater se nossos heróis foram e/ou realizaram atos certos ou errados, “politicamente corretos” ou não, mas mostrar que os heróis conterrâneos existiram e que existem anônimos ou não, expressaram e expressam suas virtudes e assim, nesta amostragem, provar que há no homem brasileiro virtudes yang em fartura sim. Num contra ponto ao preconceito nefasto, que se sustenta numa insegurança brasileira desnecessária ou na má-fé de interessados diversos, em fazer comparações levianas entre nossos homens com os de países “desenvolvidos”, para os poucos brasileiros não conscientes do valor do homem brasileiro se mortifiquem em “mimimis” sem sentido, ou para mal intencionados buscarem tendenciosamente por em dúvida as virtudes dos homens brasileiros, e assim, ludibriá-los quanto a suas possibilidades no confronto com a vida, e assim manipulá-los de acordo com seus sórdidos interesses.
 .
Bom… Afirmo que meus conterrâneos são yang maravilhosos inspirada por firme convicção que os homens dessa terra, que chamamos de Brasil, são incrivelmente potentes em termos masculinos, e ótimos em tudo individualmente, posso afirmar isso porque os vi e vejo com meus próprios olhos, afinal, sou filha, irmã, neta, sobrinha, prima, amiga, e atenta admiradora do homem brasileiro. Não pude ver meus ancestrais mais remotos, mas soube de seus feitos na lida com a vida. Portanto sei que os brasileiros não ficam devendo nada em termos de virtudes de homem aos demais do mundo, os quais exaustivamente se publicitam com tal, ao contrário, o homem de nossa terra é muiiiiiito mais virtuoso quanto ser masculino que de outras terras/países que levam a discutível fama de “desenvolvidos”, pois que vivem na cômoda pose à “sombra” das realizações que seus antecessores (remotos) fizeram, e que hoje os possibilitam a desenvolverem-se de acordo com suas potencialidades.
As potencialidades masculinas são inclusive para a maioria dos homens dos países ricos e “desenvolvidos” política e socialmente, algo que nem chega aos pés das dos seus antepassados, vide o avanço nefasto da supremacia da ideologia torpe do feminismo em diversos desses países avaliados como superiores no mundo.
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A nefastidão do feminismo por efeito despotencializa o homem em termos masculinos, mas isso só pode ocorrer e se cristalizar por conta da cúmplice e comodista aceitação passiva dos homens do lugar, pois que, o ser mais yang por premissa natural tende a ser territorialista e dinâmico, com isso, protagonista no que é macro na vida política, enquanto a mulher, o ser mais yin, se identifica mais naturalmente ao que é micro político em seu grupo, é natural que a vida social humana se dê com o homem protagonizando as decisões dos países num plano macro e as mulheres protagonizando as decisões no plano micro da vida social, mas no caso destes isso foi se invertendo e com clara conivência ao feminismo equivocado, que subverte essa ordem da Mãe Natureza e assim promove a desnaturalização tanto do que é do masculino quanto do que é do feminino, nisso se montou o “Estado” de coisa constituído de inúmeros mecanismos propiciatórios e mantedores dessa inversão, hoje já os suprimindo/subtraindo o pertencimento protagonista em sua dinâmica no “poder” de decisão na vida cidadã de seus países.
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Creio, pela despotencialização yang que e os homens desses países “resolvidos” estão tristemente condicionados. Se vivessem por apenas alguns anos a realidade, ainda não fácil de viver, em que boa parte de nossos homens guerreiam vida a fora, eles não aguentariam, ficariam doentes de corpo e alma e se suicidavam tal como fazem na terra deles quando sentem um pouquinho do peso da vida adulta, ou não, ou evoluiriam talvez até ao nível de força, resistência e inteligência prática dos nossos “heróis” do dia a dia, que ultrapassam barreiras de todo tipo com seus superpoderes da perseverança e resiliência e voam magníficos em busca de sua felicidade sobre do caos terceiro mundista com a potente ignição de suas ereções naturais, de energia yang, sem precisarem de artifícios para isso.
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O homem daqui, no geral, mesmo sob extrema pressão e gigantescos problemas intrincados de inúmeras e simultâneas ordens, vêm criando sua história de superação e vitórias cotidianas dentro da saga masculina no lidar com a realidade brasileira e, basicamente sob suas costas, mesmo com muitos fatores desfavoráveis para desenvolverem suas potencialidades plenamente, se fazem a cada dia mais resilientes em suas virtudes de homens. Vocês são maravilhosos de fato…, quando plenos de saúde e esperança, são lindos como o Sol do Meio Dia…
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Senhores dessa terra continental, quem está com um olhar livre pode ver de forma cristalina que o homem brasileiro prova sua grande capacidade quanto ser masculino em seu cotidiano comezinho, não precisa de um cenário épico pra isso, com seus atos diante de situações imprevistas e/ou excepcionais mostram a que vieram neste mundo. O homem brasileiro é um masculino virtuoso por vocação e necessidade em sua vida “brasileira”, sobretudo para o bem de dos seus. Portanto, os brasileiros deveriam constar nominalmente como heróis em nossa memoria documentada, sobretudo nos livros escolares de nossas crianças, mas não há como isso possa ser realizado, pois felizmente são milhões brasileiros de grande valor individual, e mesmo que não estendendo seus feitos à coletividade em plano geral no mais das vezes, o que não subtrai seu brilho, pois isso é só um efeito característico inerente ao processo em que o país foi formatado historicamente, ainda assim, mantêm bons vínculos afetivos e heroicos com seu grupo mais próximo.
 .
Bom… posto o que afirmo em plena certeza nessa carta, em breve, na sequencia de minha correspondência aos senhores neste blog masculinista, citarei alguns dos tantos e tantos heróis do celeiro de homens virtuosos em sua natureza yang de nossas terras de proporções continentais.
 .
No intuito de contribuir para com a memória e o reconhecimento do valor masculino de meus queridos conterrâneos, concluo,
 .
Respeitosamente,
 .
Símia Zen.
 .
 .
Foto: Robert Scheidt.
Posted 25th November 2010 by Shâmtia Ayômide
Labels: Masculinidade Simia Zen
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Fonte: Texto originalmente publicado no site Reflexões Masculinas – Revista Online sobre o Homem e a Masculinidade http://reflexoes-masculinas.blogspot.com.br/2010/11/virtude-yang-do-homem-brasileiro.html
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Written by Símia Zen

18/04/2013 at 13:23

Aos homens com deficiências físicas I – Por Símia Zen.

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andrea bocelliSenhores,
 .
Há tempos sinto impulso em escrever-lhes, pois nutro um terno respeito aos homens valentes, e de todas as sagas pela sobrevivência, não há nenhuma que se iguale a luta que travam dia a dia com as limitações do corpo e/ou conformação cerebral e, naturalmente, com o próprio “eu” interior. Creio que ninguém neste mundo possa dizer que esta guerra que os senhores enfrentam vida a fora é pouca coisa…
 .
O tanto que tive de oportunidade em participar da vida de pessoas com o invólucro carnal com deficiências, pude compreender que entre o corpo e a alma dos senhores há uma grande diferença, percebi que corpos deficientes não determinam sobre a eficiência da alma. Ou seja, se seus corpos não são eficientes dentro do protótipo da natureza até agora, seus espíritos não são deficientes, e mesmo que os corpos não possam acompanhar o voo da alma isso não significa que seus pensamentos não tenham asas.
 .
Dentro dessa percepção é que não me espanto com os prodígios que muitos homens com corpos deficientes realizam, sei que muitos na vontade forte e valente – potencia na alma – superam as barreiras que seus corpos a princípio poderiam lhes impor. Realmente mostram que a final quem se impõe aos corpos são os espíritos (quando são espíritos fortes, claro), e assim os senhores voam, mesmo que com imensas dificuldades, se adaptando, readaptando na realidade de seus corpos ante a vida cotidiana, criando, recriando inúmeras possibilidades de felicidade dentro da fadada impossibilidade da “normalidade”.
 .
Digo “normalidade” entre aspas porque não acredito que a forma humana no plano físico seja estática imutável, desde sempre e para sempre a forma material se transforma, dentro desta dinâmica já tivemos corpos bem diferentes dos que temos hoje e, como seria de se esperar, nossa forma orgânica continuará a se modificar para acompanhar as mudanças da vida e do planeta como um todo, creio que assim como já encarnamos em formas muito rústicas no berço da vida humana, é bem possível que na dinâmica da natureza venhamos a encarnar em formas orgânicas diferentes dos corpos símios mais sofisticados nos quais vivemos hoje.
 .
Homens especiais, sinceramente, eu acho uma temeridade esse discurso torpe que prega que todos são iguais. Isso não é verdade. Somos todos diferentes e é nisso sim que compomos nossa igualdade, individualmente somos tão únicos que nem o design parecido pode nos igualar. Pessoas com corpos que, por algum motivo são deficientes, não deveriam ser enganadas com essa hipocrisia de que o funcionamento do corpo não faz diferença. Faz sim, pois o mundo está organizado de acordo com as possibilidades do protótipo comum até este momento, pessoas com corpos variantes a esse protótipo encontram um sem numero de situações que deflagram essa mentira, lhes acrescentando ainda mais dificuldades na existência subjetiva e objetiva no mundo, portanto, esse papo de dizer que todos iguais precisa de revisão, se não jamais haverá a devida consideração às necessidades especiais das pessoas encarnadas em corpos com funcionamento diferente do protótipo com mais recursos para a eficiência. Por ignorar as necessidades especificas das pessoas com deficiência física, muitas vezes as negligenciamos no trato de convivência com os senhores e também com a ambientação necessária nas ruas e instalações arquitetônicas de nossas cidades.
 .
Eu mesma antes de ter tido a boa sorte de conviver com pessoas portadoras de deficiências físicas não fazia idéia do quanto o mundo poderia ser complicado para os senhores, pois tudo está facilitado confortavelmente só aos que não portam corpos com os limites em que os senhores estão encarnados. Quase tudo no mundo ainda está desfavorável para vossas conquistas de autonomia no meio coletivo em plano geral. Muita gente com corpos “normais” por ignorância nutre um sentimento desconexo em relação aos senhores, talvez um misto de culpa por terem com corpos de vida “fácil” e os senhores corpos de vida “difícil” e algo como uma piedade mórbida, sentimento incoerente com a realidade interna dos senhores. Acho que só se deve aceitar algum fatalismo diante de uma realidade realmente imutável que impossibilite a adaptação e/ou superação de limites, e isso se vê claramente que não depende do estado do corpo e sim do espírito, e a culpa também não tem razão de ser, já que cada um de nós tem um corpo eficiente ou não, ninguém está furtando o corpo de ninguém. Creio que a postura mais bacana na relação com os que portam corpos com deficiências seja sim é a de solidariedade e de amizade. Aliás, já vi corpos deficientes muito mais eficientes no que toca a harmonia entre o corpo e o espírito e atividades inerentes do que em pessoas com corpos “normais”.
 .
Por falar nesse sucesso, devo lembrar casos onde a deficiência foi compensada de forma bacana, como por exemplo, o de Andréa Bocelli e Stevie Wonder que se não tiveram eficiência na visão, a desenvolveram-se de sobra em audição e musicalidade, ou de Beethoven que se perdeu a audição, recorreu a inteligência lógica e memória musical e compôs uma obra universal e atemporal. Os atletas paraolímpicos que só puderam contar com sua cabeça e tronco para conquistarem a glória, e os pintores que pintam com a boca e os pés, e Stephen Hawking que sem nada de movimento no corpo se desenvolveu na mente em “O” cientista. E Nick Vujicic com o troco e pés é um “bon vivant” palestrante instrutor de motivação para deficientes e eficientes físicos, Pablo Pinela psicopedagogo e ator (protagonista – Yo También) com síndrome de Down. Enfim são muitos os exemplos onde o espírito forte supera grandes desafios mesmo que este seja viver bem em um corpo de vida difícil. Claro que estes heróis receberam o auxilio solidários de homens e mulheres com corpos normais, mas isso não opaca seus méritos, ao contrário, através da oportunidade que humanos com corpos normais encontraram para exercer e nutrir a virtude da solidariedade eles também se beneficiaram em crescimento humano, fortalecem em si nobres e puros sentimentos humanos com o senso de cuidado e proteção, tornando-se mais úteis e amigos da Vida. Ao final o contato e apoio às pessoas com deficiências físicas acaba sendo uma reeducação do espírito humano e, ainda mais rica que para os próprios deficientes físicos, portanto é uma benesse para as pessoas “normais” que os senhores os permitam a auxiliá-los em suas lutas por adaptação e superação de seus limites.
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Bom… Com essa minha escrevinhada toda acho que já pude expressar aos senhores que estou torcendo por vossas vitórias sobre as circunstancias e que não esmoreçam em suas sagas nesta encarnação, porque os senhores são diferentes em corpo, e que essa diferença realmente pode lhes fazer o cotidiano mais difícil, mas isso não pode os abater, há força eficiente nos senhores e ela se renova de dentro pra fora como é em todos os humanos. O que possa lhes ser desagradável em suas vidas, (vida que se poderia chamar de curso intensivo em auto-superação), na mesma mão, pode ser uma oportunidade, um desafio propulsor ao aprimoramento do espírito humano, por exemplo.
 .
Em reverência amistosa,
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Símia Zen.
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Posted 31st March 2011 by Shâmtia Ayômide
Labels: Masculinidade Simia Zen
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Fonte: Texto originalmente publicado no site Reflexões Masculinas – Revista Online sobre o Homem e a Masculinidade  – http://reflexoes-masculinas.blogspot.com.br/2011/03/aos-homens-com-deficiencias-fisicas.html
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Written by Símia Zen

18/04/2013 at 13:17

Publicado em Entrevistas

A influência dos pais nos relacionamentos amorosos – Por Símia Zen.

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family2Senhores,
 .
Venho por este texto expor-lhes minha percepção sobre a influência da relação com os pais do sexo oposto nos relacionamentos afetivo sexuais das pessoas a fim de contribuir no sucesso dos relacionamentos afetivos sexuais de vocês, e obviamente isso beneficia as mulheres também.  Por conta disso, escrevo-lhes sobre a influência dos pais numa visão feminina do homem, e do humor e comportamentos inerentes. Pois muito do sucesso ou fracasso nos relacionamentos amorosos, inclusive os casamentos, são determinados pela influencia das relações com os pais para ambos os sexos.
 .
Bom… Não é novidade que homens com problemas de relacionamento com suas mães, em muitos e muitos casos, ficam inaptos a se relacionar com outras mulheres e até em situações mais graves as suas performances afetivo-sexuais ficam comprometidas por este problema, muitos inclusive, chegando ao ponto de sequer se relacionarem com mulher, por total inabilidade, ou aversão, e/ou desprezo, e/ou medo, e/ou ódio para com a fêmea, ou o pior: pode até se tornar as bestas humanas que vemos nos noticiários policiais que violentam mulheres física e psicologicamente por necessidade interna de vingar-se da mulher, por consequência dos sentimentos ruins incubados pelos conflitos ocultos ou deflagrados com a própria mãe. Neste caso pobre da mulher que por azar gostar de um homem com este problema…, pois fatalmente seu amor será rejeitado e usado para fazer-lhe de bode expiatório para descarrego de todo esse mal no coração de tal homem, se ela tentar estabelecer uma relação amorosa com ele.
 .
O contrário também ocorre, pois mulheres com problemas de relacionamento com o pai tendem a se comportar da mesma forma patológica com os homens, reproduzindo os conflitos e, em casos mais graves, se vingam simbolicamente do pai maltratando os seus próprios filhos homens. Claro que nessa dinâmica nefasta também têm as exceções, há muitos homens e mulheres que transcendem esses problemas e conseguem viver e conviver de forma saudável e razoavelmente boa como o sexo oposto, às vezes até de forma obstinadamente excelente como solução compensatória aos seus desgostos passados com os pais, tal como ocorre em casos de mulheres que sofreram muito nas relações com sua mãe e quando têm filhas buscam ter a harmonia amorosa até exageradamente com suas filhas, como forma de compensar-se e diferenciar-se de sua mãe, e os homens que tiveram relações muito conflituosas com o pai se portam de forma bacana com seus filhos, pela motivação extra em se diferenciar de seu pai na criação dos filhos. Mas estes são casos raros, depende mais da capacidade individual de elaboração e superação das dificuldades geradas pelas relações doentias com os pais e mães.
Pelo que expus acima, creio que antes de julgar essas pessoas como boas ou más num relacionamento deve-se observa-las primeiro, conhecer bem a dinâmica de suas relações familiares e verificar o tipo e nível de potencial amoroso e capacidade de superação de traumas afetivos que tal pessoa tem, não só de frios julgamentos maniqueístas, mas principalmente antes de se envolver afetivo-sexualmente com pessoas que tiveram a má sorte de péssimas experiências na relação com os pais do sexo oposto.
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Baseada em minha experiência e na observação da experiência de outras mulheres eu posso dizer-lhes sem receio que é na avaliação e relação das filhas para com os pais que vocês poderão ter uma boa visão da realidade afetiva feminina para com os homens e o que esperar em termos de sentimentos e comportamentos femininos num relacionamento amoroso com vocês. Pois da mesma forma que um homem que desenvolveu desde criança a misoginia terá dificuldades para ser positivo numa relação amorosa sexual com uma mulher, mesmo que ela seja legal e goste verdadeiramente dele, uma mulher que desenvolveu problemas de medo e/ou ódio, misândricas, desde criança em relação ao pai, dificilmente poderá se relacionar com harmonia com vocês, mesmo que sejam éticos e amorosos com ela.
O desleixo e desamor do pai a filha e da mãe ao filho também pode propiciar o fenômeno trágico conhecido como “Madas” – Mulheres que Amam Demais e “Hades” – Homens que Amam Demais, e que ao contrário dos nomes românticos poéticos que os definem, são obsessões horríveis, talvez sejam as patologias mais perigosas que as relações ruins com os pais e mães poderiam causar, pois estes males levam a muitas mulheres e homens a perderem a dignidade e até caírem nos vícios de drogas ou nefastidões piores como o suicídio das Madas e Hades, e assassinato das pessoas alvos de seus obcecados sentimentos doentios.
 .
Rapazes, acho que para se evitar sofrimentos desnecessários a vocês e a todos que lhes são ligados por amor de sangue ou não, creio que seja imprescindível uma boa preparação antes do começo do envolvimento e namoro com uma mulher com problema com o pai,  naturalmente considerando as reais possibilidades de avanços afetivos e sexuais de tal mulher e o tempo diferenciado das outras nisso. Exatamente como deve ser o procedimento para mulheres com “Complexo de Electra”, pois estas mesmo tendo bons sentimentos ao homem, o que é o extremo oposto das misândricas, também possuem necessidades diferenciadas das outras mulheres no processo amoroso sexual e o mesmo se dá ao homem com “Complexo de Édipo, pois tanto um como o outro ao contrário de misândricas e misóginos gostam muito do sexo oposto, tanto que não é raro “Electras” e “Édipos” assimilarem os símbolos do sexo oposto e se expressarem através deles. Em casos mais graves, essa assimilação dos símbolos e cultura do sexo posto, motivada pelo grande amor, admiração e lealdade ao pai, no caso das ‘Electras”, e a mãe, no caso dos “Édipos”, vai além do cabível no campo sexual também, fazendo-lhes portassem de forma assexuada, mesmo tendo desejos sexuais ao sexo oposto, e até andrógina, mesmo quando não são de fato por natureza homo ou bissexuais.
 .
Bom… Não vou me estender agora nas questões afetivo-sexuais das “Electras” nem dos “Édipos” porque sei que estes são bem complicados de solução para alguém se relacionar, e tentar me expressar sobre isso ocuparia muito do vosso tempo com tal leitura.
Bom… Esperando que em algo eu lhes tenha sido útil,
 .
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Cordialmente,
 .
Símia Zen.
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 .
Posted 10th November 2011 by Shâmtia Ayômide
Labels: Simia Zen Relacionamentos
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Fonte: Texto originalmente publicado no site Reflexões Masculinas – Revista Online sobre o Homem e a Masculinidade – http://reflexoes-masculinas.blogspot.com.br/2011/11/influencia-dos-pais-nos-relacionamentos.html
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Written by Símia Zen

18/04/2013 at 13:10

Palavras de incentivo aos meninos adolescentes – Por Símia Zen.

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sad-teenager2Senhores,
 .
Ainda que eu tenha em alta consideração pelos senhores, nesta carta me atenho exclusivamente aos adolescentes para oferecer-lhes minhas palavras de incentivo, porque creio que alguns adolescentes utilizam este site como uma espécie de bússola em suas questões de relacionamento afetivo sexual e formação da identidade masculina ante a si mesmos e ao mundo. Mas, para os homens de idade e experiência, eu sei que meu escrito a seguir pouco seria útil, já que nesta minha simplória colaboração feminina ao site trás aspectos das questões masculinas que no geral os senhores já estão cansados de saber, mas os rapazes nem tanto, porque o amadurecimento do ser masculino demanda tempo, experiência, autocontrole nos desafios da Vida, sobretudo em relação ao feminino e para meninos adolescentes o que é do feminino é ainda uma incógnita, mas, que por imposição da natureza se sentem atraídos, e se abatem diante do suposto mistério que acham que as mulheres são, igual ao que provavelmente se deu aos senhores quando ainda eram jovenzinhos. E quando não há tal imposição da natureza, no caso de serem de sexualidade diversa, muitos deles por equívoco de referencial mimetizam o feminino anulando-se no masculino belo e exuberante que por natureza os machos, independente de qualquer diferença, são em potencial e/ou manifestam de fato em seus corpos ementes. Por isso, nesta carta volto meu olhar feminino e imprescindivelmente maternal aos adolescentes que frequentam o site RM em busca de subsídios ao seu desenvolvimento masculino. Daí, prossigo…
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 .
Rapazes,
 .
Imagino que um mar de dúvidas e receios diante da vida deve estressar muito a vocês. Com as dificuldades que as mudanças no corpo trazem, como por exemplo, os músculos e a pelagem incipientes, o descontrole erétil e seminal, a voz indefinida e oscilante, o sono e o apetite fartos e desregrados, a ânsia por liberdade e autonomia próprias do ser Yang, agravadas pelas inúmeras e renitentes cobranças de seus familiares e professores em prestezas nas tarefas domiciliares e escolares que os revoltam e entediam, a causticante competição por destaque com os outros garotos e, se isso não fosse o bastante, imagino que devem ter românticos e confusos sentimentos de desejo e afeto, as dificuldades em lidar com as garotas coquetes, mimadas e pedantes que não os respeitam como homens. Inclusive, não deve ser incomum, elas os desdenharem e constrangerem  propositalmente até diante de seus colegas, com certeza elas os torturam a alma os fazendo de capachos e preterindo-os por sujeitos mais velhos de caráter duvidoso e/ou mais abastados financeiramente que vocês.  A princípio tudo deve lhes parecer muito ruim, e é, mas não é, porque vem dessas experiências frustrantes se atormentadoras a oportunidade de amadurecimento e superação dessa fase trevosa da vida do homem. Daí vale olhar tudo isso com um olhar neutro e ver aparte boa e engraçada que há nessa vivencia dramática da vida para o bem do desenvolvimento e fortalecimento de uma personalidade sadia. Adolescentes,  estejam certos que quando uma barba espessa já se fizer parte de seus rostos vocês irão rir muito destas experiências e talvez até sintam saudades desse momento efêmero da vida masculina.
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É certo que para alguns garotos as meninas possam ser um estorvo em suas mentes e corações, talvez muitas sejam mesmo, mas não devem se intimidar e fugir ante o ser feminino, mesmo com o peculiar lado obscuro que mulheres carregam por essência, pois que sem a inter-relação, sexuada ou não, dos homens com as mulheres o que é do masculino como o dinamismo e expansão de sua personalidade se atrofia e degenera, já que sem o desafio o homem não se fortalece nem no plano cognitivo nem no emocional, e nada é mais provocador a superação de limites físicos, mentais e emocionais ao homem que a lida, sexuada ou não, com mulheres nessa fase da vida, e talvez até nas fases subsequentes também tenham mais benefício que maleficio nessa lida, sobretudo porque na tenra juventude o homem tem saúde e companhia farta dos amigos, mas com o passar do tempo as coisas não permanecem assim… Por isso perseverem sempre, nunca abrindo mão do bom caráter e amor próprio busquem soluções inteligentes e éticas para lidarem com as meninas. No acervo deste site vocês podem encontrar bons esclarecimentos, orientações e aconselhamentos de vários autores para lidarem com as garotas sem estragarem suas vidas nem perderem o senso de realidade. Aproveitem bem esse acervo, pois ele é fruto do estudo e da experiência de homens que foram adolescentes também e já passaram pelas dificuldades que vocês enfrentam hoje na lida com o sexo feminino.
 .
Meninos, acho que deve ser muito difícil a fase de metamorfose masculina, sobretudo porque o apetite sexual masculino é muito severo, pois por todos os dias do ano os homens sentem necessidade de praticar sexo, com certeza isso deve ser maravilhoso, mas bem difícil de administrar, sobretudo para os adolescentes que ainda não têm estrutura social nem psicológica para enfrentar essa demanda do corpo, e por isso com certeza devem ficar em estado de confusão mental e sofrimento psicológico intenso. Dependendo de seu ambiente cultural e sua formação educacional, o sofrimento advindo do desejo sexual pode ter ainda piores proporções em sua alma, para estes gostaria que se dessem conta que o desejo sexual é coisa biológica, natural. Os desejos vêm apenas e simplesmente de glândulas, do trabalho do sistema endócrino, nada a mais que isso, todos os demônios que povoam a mente quando o corpo esta encharcado de libido é fruto da própria mente, nossa mente pode nos ser uma grande aliada no desenvolvimento humano, mas também pode ser nossa algoz. Portanto os rapazinhos não devem deixar que suas mentes os façam sofrer desnecessariamente no que tange ao desejo sexual intermitente, porque é da natureza dos homens tal desejo, daí,  não há por que problematizar a toa.  Mas que fique bem claro: Que tudo deve ter seu equilíbrio, a vivência do sexo deve estar em conformidade com a natureza mega sexuada masculina, mas isso não significa que devam cair na vulgaridade porneia, não vale a pena contraírem DSTs nem perderem a dignidade masculina com excessos em atos desmoralizantes como foi o caso patético do presidente de uma importante nação que em seu horário e local de trabalho ficou praticando sexo com uma espertinha nefasta.
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Rapazes, creio que seja de vantagem para vocês neste início de ano colocarem na balança o que valeu e o que não valeu dos atos de vocês, pesar tudo e medir as consequências positivas e negativas que tais ações ou não ações causaram em suas vidas. É imprescindível a quem preza seu bem estar decidir pelo que é bom e saudável para si e por esta perspectiva eleger suas prioridades, definir suas metas e planejar suas estratégias no campo material, emocional, social, etc. A vida exige atenção, cuidado e operacionalidade para alcançarmos nossos objetivos e realizarmos nossos sonhos. A vida exige muito de todos nós, principalmente dos homens que praticamente carregam o mundo nas costas. É lei na natureza uns partirem e deixarem o mundo aos cuidados de seus sucessores, que nem sempre estão prontos para tanta responsabilidade, isso também acontecerá a vocês, vocês naturalmente terão em algum momento que assumir o mundo. Mas está tudo bem, pois por sorte os cérebros e corações humanos não têm limites no que importa para a superação dos inúmeros desafios e adversidades no mundo, é assim que a evolução humana vem avançando desde os primórdios, portanto, com os devidos cuidados tudo vai dar certo para vocês, pois com certeza vocês podem ultrapassar todas as barreiras que impeçam a plena felicidade individual e talvez até coletiva, é só decidirem suas prioridades para o próprio bem estar, incluindo obviamente o respeito ao bem estar dos outros nessa dinâmica.
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Bom…Que em suas autorreflexões e auto avaliações de final de ano, o prumo da balança que o ser humano tem na alma penda pela justiça, e que nunca isso lhes faça sofrer, pois que o prato mais cheio seja sempre o dos atos do lado luminoso de cada um de vocês.
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Atenciosamente,
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Símia Zen.
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Posted 2nd January by Shâmtia Ayômide
Labels: Masculinidade Simia Zen
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Fonte: Texto originalmente publicado no site Reflexões Masculinas – Revista Online sobre o Homem e a Masculinidade  – http://reflexoes-masculinas.blogspot.com.br/2012/01/palavras-de-incentivo-aos-meninos.html
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Written by Símia Zen

18/04/2013 at 13:01

Por Barrabin Barrabash (pseudônimo) – Porque sou contra o aborto?

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pilula masculina
Senhoras e Senhores,
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A mulher dentro desses 60 anos conquistou a liberdade, o trabalho, e o casamento se tornou algo descartável; o homem com uma “transa”, seja por descuido ou por má fé acaba tendo que trabalhar os próximos 20 anos para sustentar muitas vezes um filho bastardo, mas ainda assim o aborto não é a melhor opção; quem ganha com o aborto? O governo, as ONGs abortistas, e as clínicas para a execução da cirurgia; eu não posso sugerir o fim do aborto sem ter uma ideia melhor, e por isso mesmo, acredito que a melhor solução seja a pílula do homem; com ela, tanto a mulher quanto o homem, seriam muito mais felizes sexualmente, embora ela seja recomendável usar em conjunto com a camisinha, mas no caso da camisinha furar, nós não estaremos dependendo da confiança e da boa vontade da mulher, pois muitas propositalmente engravidam de má fé, justamente com a intenção de ganhar dinheiro com pensões; até mesmo a prostituta é mais respeitável que essa mulher, já que ela cobra pelo serviço a vista, e não a prazo com juros como esse tipo desprezível de mulher.
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Barrabin Brrabash.
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Vídeos sobre a pílula masculina:
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http://www.youtube.com/watch?v=9e9ALwSr9FE
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http://www.youtube.com/watch?v=gFTU24EJ4T8
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Written by Símia Zen

18/04/2013 at 12:53

Entrevista com o Sr.Carlos Fernandes do PPV : Sobre o aborto e a luta Pró Vida.

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PPV Lado(1)Fraternas e fraternos,
 .
Certa que esta entrevista é de utilidade e de urgência à leitura de todas as pessoas que por sorte tenham acesso a ela, é que publico aqui a entrevista gentilmente concedida por um ativista e da direção do Partido Pro Vida de Portugal Sr. Carlos Jorge Dias Fernandes, português, nascido na ainda colônia portuguesa de Moçambique, 49 anos, casado e pai de três filhos, piloto de avião, residente em Concelho de Sintra, Portugal, que nesta entrevista, abalizado por sua experiência e conhecimento oriundos de seu ativismo pro Vida em Portugal no esclarece a mecânica do abortismo em Portugal e no mundo e suas consequências, não só nos inteirando da necessidade de nos posicionarmos na grave questão do  aborto e também nos alerta sobre as mazelas do projeto abortista em Portugal e no mundo… inclusive no Brasil…
 .
 .
 .
 .
O Sr. Carlos Fernandes:
 .
 .
 .
SZ: Quais são os espaços virtuais que participa como membro, dono ou moderador?
 .
Carlos Fernandes: Coordeno em conjunto com outros elementos da direcção a página oficial do Portugal Pro Vida no Facebook, e também da secção do partido em Lisboa. Também o Twitter está a meu cargo. Colaboro ainda no Blog do PPV embora de forma esporádica.
 .
 .
 .
SZ: Sr. Carlos Fernandes, poderia nos inteirar sobre o Partido Pró Vida de Portugal?
 .
Sr. Carlos Fernandes: O PPV, Portugal Pro vida nasceu como um movimento cívico para combater o aborto depois do referendo de 2007. Este movimento teve origem na plataforma pro vida, particularmente do Norte de Portugal. Em 2009, na cidade de Guimarães, onde também nasceu Portugal, constituiu-se como partido político de forma a poder aproveitar os mecanismos institucionais do Estado, e continuar a luta contra o aborto, defesa da família e aplicação do Doutrina Social da Igreja na organização da sociedade portuguesa. O Prof. Luís Botelho Ribeiro é o seu primeiro e actual presidente.
 .
Somos o único partido português com esta agenda e os partidos do arco governativo, tudo fazem para esvaziar a nossa acção e as nossas propostas. O CDS e o PSD são partidos democráticos do centro e centro esquerda onde a maioria dos católicos portugueses vota, e sentem o risco de que os seus eleitores ouçam as nossas propostas. Acabam por mentir descaradamente aos portugueses pro vida nas eleições, nunca cumprindo as propostas eleitorais.
.
O PPV, Portugal Pro Vida ainda só participou duas vezes em eleições e havia um grande desconhecimento do nosso partido. Esperamos que da próxima vez consigamos ter mais impacto e eleger deputados, que seguramente serão um “cavalo de Tróia” na política pro vida portuguesa. Não há no parlamento português propostas que defendam a vida e a sua dignidade, as famílias e um justo ordenamento da sociedade. Os políticos portugueses organizam-se para defender os seus interesses e de grupos privados, alguns ligados à maçonaria, em vez de defender Portugal e os portugueses, no Parlamento, no Governo e nas instâncias internacionais, particularmente na Comissão e Parlamento Europeus.
 .
Pode conhecer o PPV no nosso blog, no FB e no Twitter.
 .
http://portugalprovida.blogspot.com.br/p/declaracao-de-principios.html
https://www.facebook.com/portugalprovida
https://twitter.com/PPVLisboa
e escrever-nos para:
portugalprovida@gmail.com
ou
PPV, Portugal Pro Vida
Av. 24 de Junho, Nº 1497,
4800-076 Guimarães
Portugal
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 .
 .
SZ: Qual é a sua formação acadêmica?
 .
Sr. Carlos Fernandes: Quando terminei o Liceu em 1981, 12º ano, entrei para a Força Aérea Portuguesa onde servi durante 7 anos como piloto de caça. Terminei o meu serviço militar com o posto de Tenente. Em 1988, já com a licença de Piloto de Linha Aérea entrei para a TAP Air Portugal, onde trabalho neste momento como Comandante de Airbus 330/340. Em mais de 31 anos de aviação adquiri competências profissionais bastante específicas que seria fastidioso referir nesta entrevista.
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 .
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SZ: Como foi sua educação familiar e religiosa?
 .
Sr. Carlos Fernandes: A minha família é católica e durante a minha infância e juventude pude testemunhar o exemplo dos meus pais que foram muito cuidadosos na nossa educação tanto académica como cívica e moral. Tive um percurso normal na escola, com pontos altos e baixos. A minha instrução primária foi numa pequena vila no interior de Moçambique, Mutarara, e mais tarde na cidade da Beira num colégio dos Maristas. Após a independência de Moçambique em 1976, tivemos que mudar a nossa vida para Portugal, porque não estavam criadas as condições de segurança necessárias para lá continuarmos a viver. Foi um período muito crítico da nossa vida, mas com a nossa união e a Graça de Deus conseguimos ultrapassar a situação. Recomeçar a vida praticamente do zero num país que não conhecíamos foi muito complicado, mas os meus pais foram verdadeiramente extraordinários. Continuei os meus estudos num colégio Jesuíta no Norte de Portugal e depois numa escola pública no Porto. No fim do liceu entrei na Força Aérea Portuguesa.
 .
A formação religiosa foi feita em várias Paróquias das vilas e cidades onde vivi e sempre participei na catequese, complementada pela educação e testemunho da vida familiar. Em nossa casa sempre se rezou, o que não me agradava muito quando era mais novo, mas hoje reconheço como um dos factores da nossa união.
 .
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SZ: Como foi sua educação familiar e religiosa?
 .
Sr. Carlos Fernandes: A minha família é católica e durante a minha infância e juventude pude testemunhar o exemplo dos meus pais que foram muito cuidadosos na nossa educação tanto académica como cívica e moral. Tive um percurso normal na escola, com pontos altos e baixos. A minha instrução primária foi numa pequena vila no interior de Moçambique, Mutarara, e mais tarde na cidade da Beira num colégio dos Maristas. Após a independência de Moçambique em 1976, tivemos que mudar a nossa vida para Portugal, porque não estavam criadas as condições de segurança necessárias para lá continuarmos a viver. Foi um período muito crítico da nossa vida, mas com a nossa união e a Graça de Deus conseguimos ultrapassar a situação. Recomeçar a vida praticamente do zero num país que não conhecíamos foi muito complicado, mas os meus pais foram verdadeiramente extraordinários.
Continuei os meus estudos num colégio Jesuíta no Norte de Portugal e depois numa escola pública no Porto. No fim do liceu entrei na Força Aérea Portuguesa.
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A formação religiosa foi feita em várias Paróquias das vilas e cidades onde vivi e sempre participei na catequese, complementada pela educação e testemunho da vida familiar. Em nossa casa sempre se rezou, o que não me agradava muito quando era mais novo, mas hoje reconheço como um dos factores da nossa união.
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SZ: Como se define?
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Sr. Carlos Fernandes: Penso que sou uma pessoa normal que gosta das coisas simples da vida.
Amo muito a minha família que tento pôr sempre em primeiro lugar. Como passo muito tempo fora de casa tento estar junto deles o máximo de tempo possível acompanhando sempre que tenho oportunidade as actividades da minha mulher e dos meus filhos.
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Tenho uma profissão, que foi um sonho de infância , e no trabalho esforço-me por fazer as coisas de acordo com os padrões que a caracterizam, participando activamente na vida da empresa com os meus conhecimentos e experiência.
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Mas preocupo-me muito com os outros, e é-me muito difícil compreender como há tanta maldade e injustiça à nossa volta. Sei que não vou transformar o mundo, mas gosto de ajudar os outros tentando construir um mundo um pouco melhor à minha volta. Sou solidário com os outros e tenho vários projectos onde participo com alguns dos meus amigos, um dos quais em Moçambique, onde já fizemos 3 expedições aéreas de ajuda humanitária.
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E ainda tenho a vida política, O PPV acaba por ocupar todo o tempo que sobra, e por vezes mais do que eu próprio quero. Mas é uma parte igualmente importante da minha vida, pois considero que a participação política séria, contribui para a construção de sociedades mais justas e solidárias.
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Sobre seu ativismo Pró Vida:
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SZ: De acordo com sua percepção, como avalia o ativismo Pro Vida no campo virtual a nível planetário?
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Sr. Carlos Fernandes: São muitos e variados os grupos pro vida espalhados pelo planeta com actividade na Internet  Mantém uma actividade constante com muita criatividade, aliada a uma mensagem consistente, simples e verdadeira. Na minha opinião é muito fácil divulgar a mensagem pro vida pois não são precisos truques ou artimanhas. Basta apenas revelar a verdade. Nos Estados Unidos e outros países anglo-saxónicos onde os movimentos pro vida tem uma experiência acumulada muito longa, as mensagens são mais simples e mais fortes.
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Algumas chegam a ser surpreendentes, abanando as consciências de quem as lê ou ouve. Outros usam uma linguagem mais adaptada à realidade cultura do seu país. Quanto a isto, eu penso que o melhor é variar no tipo de publicação. Particular destaque tem também os grupos religiosos que paralelamente à mensagem evangelizadora acabam por defender as posições pro vida. São fantásticos e uma verdadeira fonte de inspiração. Penso que na Internet estamos muito bem, e também é muito útil na divulgação das acções de rua, que são muito importantes, para falar olhos nos olhos com as pessoas, esclarecendo-as e ajudando-as. Começa a notar-se já uma mudança de consciência nesta questão em muitos pontos do mundo, e particularmente nos EUA que são sempre uma referência nas questões da vida.
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SZ: Quais são seus referenciais sobre as questões Pro Vida?
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Sr. Carlos Fernandes: Quando foi o 1º referendo do aborto em 1998, em que o NÃO ganhou, não tinha consciência da verdadeira dimensão do problema. Nesse dia eu não fui votar, pois estava a trabalhar, e ao jantar em Luanda, Angola, falou-se do referendo. Inicialmente evitei a questão e só após muita insistência dos meus colegas assumi a minha posição. Foi um massacre. Numa mesa de 12 pessoas eu era o único que era contra o aborto.
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Fiquei a pensar naquilo. Como era possível que estando seguro das minhas razões, o 5º Mandamento de Deus, não fui capaz de esgrimir argumentos suficientes para convencer estes meus colegas? Foi então que decidi estudar melhor o assunto. Havia literatura suficiente em Portugal, pois durante a campanha do referendo, várias pessoas escreveram livros sobre as questões éticas e morais ligadas ao aborto. Li alguns deles e comecei a prestar atenção a tudo o que se referia ao aborto. Certo dia, ouvi na rádio o Professor Daniel Serrão eminente personalidade da medicina e ciência em Portugal, e ainda conselheiro do saudoso Papa João Paulo II, a falar sobre as questões da bioética e da ética da vida. Apercebi-me claramente que os argumentos morais e científicos estavam interligados. Não havia uma única razão que justificasse a morte de um ser humano, inocente e indefeso. Continuei a aprofundar o assunto, lendo artigos e livros e vendo alguns  filmes. Melhorei o meu
conhecimento dos documentos da Igreja Católica, particularmente o “Evangelium Vitae” e o “Familiaris Consortio”.
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Em 2007, no 2º referendo já estava preparado. Participei em algumas iniciativas pelo “Não” mas apenas a título individual. Foi uma campanha difícil, em que o financiamento das duas partes foi desproporcionado em termos de recursos, pendendo para o lado do “Sim” e a pergunta do referendo era também uma armadilha preparada para os portugueses. Apesar disso, apenas 25,4% dos portugueses votaram a favor do aborto, mas mesmo assim o parlamento que tinha uma maioria de esquerda liderada pelo PS (Partido Socialista), aprovou a Lei 16/2007. O Presidente promulgou-a quando poderia não o fazer, uma vez que o referendo não tinha sido vinculativo.
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Após o referendo surgiu o movimento Portugal Pro Vida, que em 2009 decidiu constituir-se em partido político. Foi fundado por pessoas sem conotação partidária ligadas aos movimentos pro vida da plataforma do “Não”, em que o Prof Luís Botelho e o Sr. Luís Paiva tiveram papel preponderante, e decidi filiar-me para ajudar a reverter esta terrível e desumana situação que vivemos em Portugal. É neste ponto que estamos.
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Em termos pessoais, as minhas referências bibliográficas pro vida são os documentos da Igreja Católica, particularmente o “Evangelium Vitae”, “Familiaris Consortio” e a “Doutrina Social da Igreja”.
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Como referência pessoal, entre muitas personalidades, destaco uma mulher, a Madre Teresa de Calcutá e a sua acção em prol da vida nos EUA e no mundo, e um homem, o Beato João Paulo II, brevemente Santo, que com toda a sua sabedoria e energia soube cativar os católicos, mas não só, para esta questão tão importante.  Toda a documentação do seu pontificado, as suas palavras e a sua coragem foram e continuam a ser, muito importantes para o “povo pro vida”.
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Entre os mais variados movimentos pro vida destaco o “Youth Defense” na Irlanda, que com Malta ´ são os únicos países da Europa que mantém legislação pro vida. E ainda o “Human Life international” um pouco por todo o mundo, o “Personhood USA” nos Estados Unidos e o “ALFA” na Alemanha e vários países da antiga “Cortina de Ferro”.
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SZ: Quais foram os motivos que o levaram a atuar na luta antiabortista no campo virtual?
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Sr. Carlos Fernandes: O PPV sempre usou o Mail e o Blog para as comunicações e eu queria que tivéssemos algo mais eficaz. Tentei um site, mas não tinha muitos conhecimentos e comecei a aperceber-me que não funcionava bem. Eu tinha um Facebook pessoal e comecei a ver que havia uma possibilidade gratuita e eficaz de passar a nossa mensagem. Decidimos avançar para o Facebook e para o Twitter onde publicamos informação pro vida mas também conteúdos políticos diversificados associados à própria acção do PPV. Temos produção própria de conteúdos, mas algumas das nossas publicações são adaptadas para português de outros grupos pro vida espalhados um pouco por todo o mundo, desde a Austrália e Nova Zelândia, passando pela Irlanda, Espanha, Estados Unidos, Canadá, México, Brasil, Argentina, Colômbia, Chile, etc. Além da nossa mensagem, divulgamos também toda a informação institucional e as iniciativas de todos os grupos pro vida em Portugal. Tudo o que é pro vida em Portugal deve ser apoiado e divulgado. Essa é a nossa forma de actuar. Neste momento, estamos a divulgar com muita insistência a Petição de referendo de iniciativa popular feita por um conjunto de cidadãos pro vida.
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SZ: O que motiva os ativistas do Ppv e quais são suas praticas na luta contra o abortismo?
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Sr. Carlos Fernandes: Motiva-nos a certeza de estarmos do lado certo da história. Temos uma acção política feita de propostas políticas enviadas ao Parlamento, sempre recusadas, algumas acções de rua embora muito limitadas e colaboramos com todas as organizações nacionais e internacionais de defesa da vida e dos direitos da pessoa humana. Neste momento o nosso foco está na recolha de assinaturas para um novo referendo sobre as questões da vida, que está a ser coordenado pela Comissão Pro Referendo Vida.
Neste ano haverá também eleições autárquicas e tentaremos ter candidatos às Câmaras Municipais das principais cidades portuguesas. Estamos a tentar criar raízes para podermos ter mais capacidade de mobilização e intervenção do que temos actualmente. Temos apenas 3 anos de vida e um apoio reduzido na sociedade portuguesa, fruto de um grande desconhecimento dos portugueses.
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SZ: Conte-nos sobre sua trajetória e planos futuros nas questões Pró Vida no campo virtual?
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Sr. Carlos Fernandes: O PPV é um partido que foi fundado em 2009 como forma de resposta política, à Lei 16/2007 que regulamentou a liberalização do aborto em Portugal até às 10 semanas. É uma questão complexa para a sociedade portuguesa e muitas pessoas tem medo de afirmar as suas posições publicamente. As forças políticas da área social democrata e democrata cristã olham para nós com algum receio e tentam de todas as formas reduzir a nossa margem de acção.
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A utilização das redes sociais é muito importante para a divulgação das nossas mensagens. O PPV não tem recursos financeiros para pagar campanhas, e vive do activismo dos seus militantes. Começamos em Abril de 2011 com o  Facebook, a mais importante rede social em Portugal e o Twitter que são gratuitos e cada um de nós dá o seu melhor. O Blog e uma base de dados para “mailing lists” no E-mail já temos desde 2009. Neste momento estamos concentrados na expansão da rede para conseguirmos chegar a mais pessoas e o nosso principal objectivo é cativar apoiantes e simpatizantes para a causa da vida, e reverter a Lei 16/2007, esclarecendo as consciências dos portugueses, completamente intoxicadas por correntes materialistas e demagógicas. Mas o PPV não se esgota na causa da vida e tentamos mostrar isso na nossa acção.
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Estamos atentos a novas formas de comunicação, e todos os que nos puderem ajudar na Internet são bem-vindos a colaborar com o PPV.
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Sobre o aborto:
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SZ: Poderia nos expor o porquê o senhor é contra o aborto provocado?
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Sr. Carlos Fernandes: Está cientificamente provado que no momento da conjugação do espermatozóide com o óvulo, é constituída uma nova vida com um código genético único e irrepetível. Esta singularidade dá-lhe a condição de pessoa humana. Logo, tendo um novo ser humano, não podemos matá-lo. Antes pelo contrário, devemos protegê-lo, bem como à mãe, através das nossas leis e constituições.
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E ainda há o facto de ser católico e tentar seguir os ensinamentos da Igreja de Cristo.
O 5º Mandamento afirma claramente “Não matarás” e desde o início do cristianismo que há referências da Igreja a condenar o aborto. O Didaqué, uma espécie de catecismo do Sec. I, ensina que “(…)não matarás crianças por aborto, nem crianças já nascidas.(…)” http://www.buscandoluz.org/estudos/121_didaque.pdf
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Na actualidade, o “Evangellium Vitae” recomenda logo no seu início a orientação que os católicos e não católicos devem seguir, no que às questões da vida diz respeito.
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 «A Igreja sabe que este Evangelho da vida, recebido do seu Senhor, encontra um eco profundo e persuasivo no coração de cada pessoa, crente e até não crente, porque se ele supera infinitamente as suas aspirações, também lhes corresponde de maneira admirável. Mesmo por entre dificuldades e incertezas, todo o homem sinceramente aberto à verdade e ao bem pode, pela luz da razão e com o secreto influxo da graça, chegar a reconhecer, na lei natural inscrita no coração (cf. Rm 2, 14-15), o valor sagrado da vida humana desde o seu início até ao seu termo, e afirmar o direito que todo o ser humano tem de ver plenamente respeitado este seu bem primário. Sobre o reconhecimento de tal direito é que se funda a convivência humana e a própria comunidade política.» (Evangellium Vitae, Introdução, 2 (João Paulo II)) http://www.vatican.va/edocs/POR0062/__P2.HTM
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«Tudo quanto se opõe à vida, como seja toda a espécie de homicídio, genocídio, aborto, eutanásia e suicídio voluntário; tudo o que viola a integridade da pessoa humana, como as mutilações, os tormentos corporais e mentais e as tentativas para violentar as próprias consciências; tudo quanto ofende a dignidade da pessoa humana, como as condições de vida infra-humanas, as prisões arbitrárias, as deportações, a escravidão, a prostituição, o comércio de mulheres e jovens; e também as condições degradantes de trabalho, em que os operários são tratados como meros instrumentos de lucro e não como pessoas livres e responsáveis. Todas estas coisas e outras semelhantes são infamantes; ao mesmo tempo que corrompem a civilização humana, desonram mais aqueles que assim procedem, do que os que padecem injustamente; e ofendem gravemente a honra devida ao Criador ».(Evangellium Vitae, Introdução, 3 (João Paulo II)) http://www.vatican.va/edocs/POR0062/__P3.HTM
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SZ: Em sua compreensão, poderia nos esclarecer porque existe o aborto provocado na vida humana, que sentido tem isso?
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Sr. Carlos Fernandes: Não encontro uma única razão minimamente aceitável para destruir um ser humano. Nada do que se possa dizer a favor do aborto faz sentido.
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Numa relação em casal, eu considero o acto sexual, uma entrega recíproca de amor. Neste sublime momento é que o casal decide sobre se quer ter um filho ou não, tendo que estar em todo o caso, abertos ao dom da vida. Nunca poderão rejeitar o fruto desse amor. Noutros casos como a violação por exemplo em que não existe amor nessa “união”, porque é que 2 hão-de sofrer pelo erro do pai? Porque se há de matar o filho?
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Em termos morais e filosóficos, o aborto é rejeitado por todas as grandes religiões e filosofias. Em termos éticos, temos o juramento de Hipócrates que os médicos e outros profissionais de saúde fazem, em que prometem salvar e não matar.
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Considero o aborto, um instrumento de certas correntes relativistas e materialistas que privilegiam o “ter” ao “ser”, o imediato ao Eterno, o Mal ao Bem. Estas correntes como por exemplo o Nacional Socialismo, Comunismo, Capitalismo Selvagem e Feminismo Radical, querem impor ao Homem vontades exteriores à sua natureza, comprometendo-o , cerceando desta forma a sua liberdade. O aborto é apenas mais um instrumento desse processo.
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SZ: Em sua percepção e estudos, o que leva as mulheres a praticarem o aborto provocado?
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Sr. Carlos Fernandes: As mulheres tem na sua natureza o dom da vida. Tem a possibilidade de participarem na obra criadora de Deus, gerando vidas. Não acredito que uma mulher no pleno uso das suas faculdades rejeite a maternidade.
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Há muitas e diferentes razões.
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Por exemplo, nos países de cultura democrática e com matriz judaico-cristã, o que se passa em termos sociais é que é condicionador das mulheres; as pressões são associadas à beleza e bem-estar, do companheiro, dos pais, amigos e familiares e das empresas. O medo de perder o emprego, o medo de não acabarem a sua formação, o medo de perderem o namorado ou marido, o medo de ficarem gordas, o medo das rugas, o medo de não conseguirem educar um filho, o medo de, o medo de,… O MEDO! Como todos sabemos, o medo condiciona a nossa liberdade. É nisso que os inimigos da vida jogam as suas cartadas nesses países. A natureza humana quando não alimentada pelo Amor perde a sua liberdade, e deixa-se manipular pelo que é o “main stream, pelo que está “na moda”, pelo que nos é imposto sem darmos conta.
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Nos países do antigo bloco comunista devido à “normalização” do aborto de matriz organizacional e feminista, ele está praticamente institucionalizado como uma “medida de saúde pública” e levará muitos anos a alterar as consciências desses povos.
Nos regimes dictatoriais como a China ou a Coreia do Norte ainda é pior. O aborto é obrigatório em muitos casos e existe ainda o aborto selectivo. Se é um homem, nasce, se é uma mulher, mata-se! Chega-se até a casos de infanticídio. A arbitrariedade destes regimes é terrível. Mais uma vez  é o medo.
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SZ: Em sua percepção e avaliação, até que ponto o homem tem haver com o aborto provocado?
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Sr. Carlos Fernandes: O homem enquanto cidadão, tem tanta responsabilidade nas questões do aborto como as mulheres. São homens e mulheres que defendem a vida, e também homens e mulheres que defendem as correntes da “cultura de morte”. Uma das técnicas dos “abortistas” é convencer-nos que o aborto é uma questão exclusiva das mulheres, e há muitos homens que por uma questão de comodismo moral, aceitam. Dizem tantas vezes a mesma mentira que alguém acaba por acreditar que é verdade. É o sistema de propaganda do Nazi Goebbels e dos comunistas.
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Mas eu não vejo as coisas assim. Homens e mulheres complementam-se, e em conjunto, constroem as sociedades onde vivem. Não há assuntos exclusivos de um, ou do outro. O que há por vezes, é uma maior predisposição dum sexo para determinadas coisas, mas isso não o/a isenta das responsabilidades cívicas, e do dever de consciência quando se trata das questões fundamentais, como as que estão associadas à vida e à dignidade do homem. Peixe ou carne para jantar, tanto faz, qualquer um decide, mas vida ou morte não. Tem de ser os dois a tomar a decisão, e ela só pode ser pela Vida. Havendo um diálogo inteligente, é fácil encontrar as razões para se escolher a vida. Os homens pela sua natureza e temperamento, podem até tomar determinadas acções em prol da vida, que para uma mulher são mais complicadas, e vice-versa. É a complementaridade dos sexos.
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SZ: Baseado em seus estudos, percepção e sensibilidade masculina, quais são as consequências para as mulheres que praticam o aborto?
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Sr. Carlos Fernandes: Está provado cientificamente que as mulheres que abortam tem uma maior predisposição para várias doenças do foro físico e psicológico. Quanto maior o número de abortos, essa predisposição aumenta exponencialmente. Existem muitos estudos que atestam o que afirmo, e basta uma pequena pesquisa na Internet para se encontrarem artigos sobre a maior incidência de vários tipos de cancro, especialmente os cancros da mama e associados ao aparelho reproductor, incapacidade de voltar a engravidar, incapacidade de levar uma gravidez até ao termo, e vários problemas psicológicos e psiquiátricos, particularmente o risco de suicídio. Por exemplo uma investigação levada a cabo na Finlândia identificou uma forte associação estatística entre o aborto e o suicídio. A taxa de suicídio num período de um ano após o aborto era três vezes superior a todas as mulheres de uma forma geral, sete vezes superior à taxa verificada entre mulheres que tinham levado a gravidez até ao fim, e quase duas vezes superior à taxa entre mulheres cuja gravidez tinha sido interrompida por causas naturais. Resumindo, o aborto prejudica gravemente a saúde das mulheres que o praticam. http://aborto.aaldeia.net/aborto-tentativas-suicidio/
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SZ: Baseado em seus estudos, percepção e sensibilidade masculina, como fica o homem que têm seus filhos abortados a revelia de sua vontade?
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Sr. Carlos Fernandes: Deverá ficar destroçado. Um homem a sério, como dizemos em Portugal, é responsável e ama os seus filhos. Faz tudo por eles e pela sua família. A família é a célula da sociedade, e penso que ficará uma ferida incurável quando tal acontece. Mas o que se passa na maior parte dos casos é que as mulheres que abortam não contam aos seus companheiros ou maridos, que estão a pensar, ou que vão fazer um aborto. Isso é uma grande traição.
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Mas sei que também há homens, como já anteriormente referi que forçam ou pressionam as mulheres e companheiras a matar os seus filhos. Na minha opinião, é um acto contra-natura. São homens “pequenos”, irresponsáveis e criminosos.
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SZ: De acordo com sua percepção e vivências no ativismo Pró Vida, os homens têm menos participação nas discussões e decisões quanto a questão do aborto que as mulheres?
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Sr. Carlos Fernandes: No activismo pro vida há muitos homens. Penso até que haverá mais homens que mulheres. Os homens tem uma percepção mais prática dos aspectos organizacionais e políticos destas questões que as mulheres. As mulheres pro vida normalmente gostam mais do trabalho de campo, de falar com as outras mulheres que vão para a clínica de abortos, ajudar as que precisam e estão em dificuldades, consolar as que abortaram, etc. Mas também se vêem homens a fazer esse trabalho de campo e mulheres na organização. Há muitos homens a trabalhar na causa em Portugal e um pouco por todo o mundo, mas normalmente preferem que sejam as mulheres a dar a cara, pois a sociedade pensa que devem ser as mulheres a liderar esta questão. Pessoalmente, penso que é dar razão aos movimentos feministas e não concordo. A causa da vida é de todos nós.
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Os homens pela sua natureza amam as mulheres, e quando vêem este drama, fazem tudo por elas. O aborto não é só salvar bebés, mas também salvar mulheres. Morre o bebé, mas a mulher que aborta fica a sofrer a vida toda.
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SZ: Em sua opinião os homens deveriam ter maior participação das discussões e decisão sobre a questão do aborto no Brasil e no mundo?
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Sr. Carlos Fernandes: Não conheço a realidade do Brasil neste aspecto. Mas penso que deve ser como em Portugal, EUA, Canadá, Irlanda, etc. Vai à luta quem acredita na causa e como os homens e mulheres se complementam acabam por trabalhar juntos, em assuntos por vezes distintos mas necessários.  Lembro-me do 2º referendo de 2007, em que tivemos um grupo de brasileiros a ajudar-nos no contacto de esclarecimento de rua, e eram quase todos homens. Fizeram um excelente trabalho. Os homens do Brasil, tal como os homens portugueses, também amam as mulheres da sua vida e amam o seu país. O aborto é um retrocesso civilizacional de tal maneira grave, que devemos agir, homens e mulheres. Basta lembrar que os dois primeiros países a legalizar o aborto no Sec XX foram: a União Soviética e a Alemanha Nazi. Que bons exemplos!
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SZ: De acordo com sua experiência no ativismo Pro Vida e sensibilidade masculina, como os homens poderiam participar e atuar da questão do aborto no Brasil e no Mundo?
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Sr. Carlos Fernandes: De todas as formas possíveis e requeridas no momento pela causa. Quando se vai para à guerra, guerra sim, isto é uma guerra, faz-se o que for preciso. Gosto muito de um ditado popular americano usada por John Wayne (1907-79) em 1939 no filme ‘Stagecoach. que reza assim: “A man’s got to do what a man’s got to do”, o que basicamente significa que um homem deve fazer o que dita a sua consciência independentemente das consequências. E isto na minha opinião, é obviamente válido para os homens e para as mulheres.
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SZ: De acordo com seus estudos e investigações, como os abortos são executados em Portugal e demais países onde o aborto está legalizado?
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Sr. Carlos Fernandes: Basicamente há 2 processos: o aborto químico em que a gravidez é interrompida medicamente, usando uma combinação química que actua impedindo o desenvolvimento fetal, pelo que em alguns casos requer uma intervenção cirúrgica para terminar o processo de extracção  Quando este  método falha, não se conseguindo matar o bebé, o aborto terá de ser completado cirúrgicamente.; o aborto cirúrgico em que o bebé é retirado  por aspiração e curetagem.
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Ambos os casos terminam com uma vida humana de forma cruel e desumana.
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Sobre a questão do aborto e a luta Pró Vida:
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SZ: De acordo com seus estudos e reflexões, quais são os efeitos da legalização do aborto em Portugal e nos demais países onde o abortismo foi institucionalizado?
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Sr. Carlos Fernandes: Para mim, como já referi anteriormente é um tremendo retrocesso civilizacional. Os Estados e as respectivas sociedades, devem caminhar progressivamente para um maior respeito de todos os seres humanos e da sua dignidade. Ora o aborto, é exactamente o contrário. Em termos civilizacionais, podemos comparar o aborto como se houvesse um regresso à escravatura. Tal como a escravatura, o aborto é cruel e desumano e nem um nem outro fazem falta nos nossos países.
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SZ: De acordo com suas informações, como é a dinâmica de aliciamento, indução e promoção à pratica do aborto em Portugal e por quem?
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Sr. Carlos Fernandes: Em Portugal há situações muito variadas. O SNS não tem feito um grande esforço na promoção do aborto, embora por vezes alguns dos seus elementos o faça pontualmente. A única clínica de abortos particular em Lisboa, faz publicidade todos os dias em vários órgãos de comunicação social e faz lobbie junto das autoridades médicas e políticas para que lhes sejam encaminhados os abortos cirúrgicos. Na realidade, nesta clínica da morte são feitos cerca de 1/3 dos abortos em Portugal. Há ainda um grande problema neste momento, que advém da Segurança Social. Em vários casos tem levado as mulheres a abortar e a laquear as trompas, ameaçadas de lhes serem retirados os filhos e os subsídios estatais. O caso mais grave aconteceu à muito pouco tempo em que um tribunal a pedido da Segurança Social, ordenou que fossem retirados os 7 filhos mais novos de uma mulher que se recusou a laquear as trompas ou a abortar.
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SZ: De acordo com sua experiência como ativista Pró Vida, quais são os argumentos que as militâncias abortistas alegam para defender a pratica do aborto, e como o senhor se confronta a tais argumentos?
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Sr. Carlos Fernandes: O assunto em Portugal tem estado muito parado em termos de discussão pública deste assunto. O tema do aborto está fora da agenda política e é apenas o PPV a falar dele. Os movimentos pro-aborto não querem falar deste assunto, mas o seu argumento base é que o aborto é uma questão de saúde pública. Ora como pode ser saúde pública se o bebé morre e a mulher fica com grandes feridas físicas e psicológicas. A saúde e os seus profissionais foram treinados para salvar e não para matar. Outro dos seus argumentos é que a mulher tem direito de decidir sobre o seu corpo. Neste caso particular, como sabemos, o ser humano dentro do corpo da mulher, é único e irrepetível, com uma identidade genética própria, logo a mulher não pode ter qualquer direito de decidir sobre outra vida. Penso que a decisão de  ter ou não um filho deve ser feita antes de se ter relações sexuais. Mesmo no caso de violação em que a mulher não dá o seu consentimento ao acto sexual que acaba por gerar este novo ser humano, penso que ele não tem de pagar com a vida o gesto criminoso do seu pai.
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SZ: Em sua opinião, quais são os verdadeiros interesses e influências que fundamentam a militância Pró Escolha / abortista?
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Sr. Carlos Fernandes: Para mim é muito irracional. O movimento pro escolha tem por base a militância de esquerda, os movimentos feministas radicais, os movimentos gay e mais recentemente o capitalismo selvagem que transformou o aborto num negócio muito lucrativo para gente sem escrúpulos. Os movimentos da esquerda ateia e anti-clerical, aproveitaram-se dos movimentos feministas e num princípio de suposta forma de afirmação feminina incentivaram-nas a defender o aborto como a nova fronteira da sua luta. Mas curiosamente as primeiras mulheres a lutar pelos seus direitos opunham-se ferozmente ao aborto. Por exemplo, Alice Paul, que afirmou: “o aborto é último abuso ilegítimo das mulheres, é violar-te até às entranhas. ”Estes grupos e movimentos na sociedade portuguesa, que advogam uma sexualidade “livre” de responsabilidades, e que também acabam por defender como um método de controlar as situações de gravidez involuntária, apontam este caminho às mulheres e não as libertam, antes pelo contrário, tornam-nas escravas sexuais de uma sociedade de consumo sem escrúpulos nem valores éticos e morais. A sexualidade acaba por se tornar um produto de consumo, na busca da satisfação imediata, diminuindo o valor intrínseco das mulheres na nossa sociedade. E o aborto contribui significativamente para isso.
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SZ: Dentro de sua avaliação como se poderia reverter o abortismo em Portugal?
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Sr. Carlos Fernandes: No PPV sabemos que os portugueses na sua maioria são pro vida. As nossas raízes civilizacionais são cristãs e os cristãos são pro vida. Se conseguirmos levar esta questão a um novo referendo penso que o “não ao aborto” vencerá e poderemos reverter esta situação. Mas o que se passa neste momento é que nenhum partido apoia um novo referendo. Mesmo o CDS que se afirma democrata cristão, teve o seu líder a afirmar que nunca apoiará um novo referendo antes de se passarem 10 anos.  Nos últimos 5 anos já morreram 100 000 portugueses no ventre das suas mães. Parece que é necessário que morram mais 100 000 mártires para se acabar com o aborto em Portugal. Os outros partidos não querem sequer ouvir falar neste assunto. Acham que está bem assim.
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SZ: No Brasil o aborto de encéfalos e em gravidez por consequência de estupro foi legalizado, qual é a sua opinião sobre isso?
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Sr. Carlos Fernandes: Esta medida é um velho truque do Diabo. Convencer-nos que as “pequenas maldades” não tem grande importância. Mas não deixa de tratar-se de um crime, uma violação do que eu considero um direito, o direito de todo o ser humano a viver com dignidade. Todas as vidas tem um propósito.
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Normalmente nos países com legislação pro vida como era o caso do Brasil, começam com leis sobre casos que os cidadãos consideram “menores”; Violação (estupro no Brasil), incesto, má-formação, etc. Depois as pessoas vão-se habituando à ideia, o Estado vai criando os mecanismos do SNS, vai fazendo a propaganda habitual nestes casos; “coitadinhos vinham ao mundo para sofrer, iam ser sempre traumatizados, etc, etc”, e passado algum tempo lá vem o aborto liberalizado “só até às 10 ou 12 semanas” a que chamam um nome “inofensivo” como foi o caso em Portugal, IVG (interrupção Voluntária da Gravidez). E assim avançam até ao aborto total como é o caso dos Estados Unidos e outros países.
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No caso particular do Brasil, os abortistas que já tem esta nova lei, por agora vão esperar. Este ano o Papa vai às JMJ no Rio e seria complicado falar no assunto e ainda mais legislar. Mas depois, quando for a Copa do Mundo ou nos Jogos Olímpicos, eles vão atacar de novo, pois o povo pro vida brasileiro vai estar distraído e com a guarda em baixo.
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Há que ter muito cuidado. Mesmo durante a visita do papa vão aproveitar para criar incidentes com impacto mediático, pelo que vão ser ajudados pelos Média.
Nos EUA pode abortar-se até ao momento do nascimento. Imagine! No momento do parto pode matar-se o bebé! Claro que não é isso que os abortistas vão dizer que querem, mas na verdade é!
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Na defesa da vida não pode haver qualquer compromisso. Deve ser feita sem cedências de qualquer tipo. Sem excepções. Eles vão sempre tentando, até encontrar uma brecha, e quando isso acontece, é extremamente complicado reverter a situação.
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SZ: De acordo com sua experiência e percepção, acredita que o Brasil seja alvo dos interesses abortistas e em risco de vir a ser institucionalizado e custeado com nossas contribuições tributárias impostas pelo Estado como está sendo em Portugal?
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Sr. Carlos Fernandes: Eu penso que mais cedo ou mais tarde o governo socialista do Brasil, vai fazer campanhas públicas de desinformação e intoxicação da população, por forma a aumentar os casos em que se poderá abortar e mais tarde propôr o aborto liberalizado como temos em Portugal. São sempre acções aparentemente inofensivas, e depois propõe uma lei muito avançada nesta questão, que acabam por não aprovar na totalidade da sua extensão, fazendo as pessoas acreditarem que afinal podia ter sido pior e acabam por aceitar resignadas as novas soluções legislativas. Este é o truque do Diabo! Passo a passo até à liberalização. Os governos usam os dinheiros públicos nestas campanhas e há que ser muito determinado nesta luta. Os movimentos pro vida normalmente não tem qualquer tipo de  financiamento e são normalmente muito distantes uns dos outros o que dá vantagem ao inimigo que  aproveita essas fragilidades para os separar ainda mais. Devem ter uma grande união e sentido de prioridade nesta luta contra o aborto.
Se o governo conseguir aprovar a liberalização do aborto, ele vai ser pago pelos brasileiros, e normalmente este dinheiro é retirado de áreas tão importantes como a assistência social e a saúde.
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Seus conselhos e orientações aos jovens e palavras às mulheres:
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SZ: Sr. Carlos Fernandes, agradeço sua boa vontade em compartilhar conosco sua experiência no ativismo Pró Vida, e também seus esclarecimentos positivos para o bem da Vida humana. Saiba que este simplório espaço virtual sempre estará a sua disposição no que estiver ao nosso alcance para colaborar com seus bons propósitos.
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Para finalizar: Quais são seus conselhos e orientações aos jovens e adolescentes e também poderia dirigir suas boas palavras às mulheres que por ventura lerem esta entrevista?
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Sr. Carlos Fernandes: Portugal e o Brasil têm uma história, uma língua, uma cultura e um destino comuns. Estão demasiado juntos para que algum dia se possam separar. Mas no aborto, ao contrário de Portugal,  espero que nunca no Brasil seja aprovada uma lei que permita a matança indiscriminada de seres humanos inocentes.
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O Brasil é uma nação de gente jovem e a eles compete construir o futuro. Os jovens brasileiros sabem bem que se houvesse aborto livre no Brasil muitos deles nunca teriam nascido, muitas mulheres nunca teriam sido mães, e muitos homens nunca amariam os seus filhos e filhas. A estatística diz-nos que 1 em cada 6 gravidezes acaba em aborto nos países em que ele é liberalizado.
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A mulheres sabem bem que a maternidade é extraordinária e um dom que apenas elas tem. Nunca deixem de optar pela vida, não se deixem enganar com a conversa sibilina do Diabo.
O aborto não liberta. O aborto aprisiona a mulher para toda a vida a um acto desumano e cruel que termina com a vida do seu filho. O aborto nunca é a resposta para as dificuldades que uma gravidez pode trazer, porque é um caminho irreversível. O amor e o aborto, ou Deus e o aborto são inconciliáveis.
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Ninguém pode afirmar que ama a Deus, e escolher a morte de um bebé inocente.
É muito importante que todo o povo brasileiro lute contra este flagelo, através da oração, mas também com acções concretas de mobilização, de demonstração da vontade indomável de viver e de defender a vida.
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Que o Senhor da Vida proteja todo o povo brasileiro deste horroroso crime que é o aborto.
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Carlos Dias Fernandes.
27/01/2013
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Pró Vida,
           Ser ou não ser,
                              … eis a questão!
Para que o mal vença, basta que o bem nada faça.
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===============================================Símia Zen.

Written by Símia Zen

29/01/2013 at 03:43